O vírus tipo 3 da dengue, ausente no Brasil desde 2008, foi detectado em várias regiões do país, esse sorotipo pode causar a forma grave da doença e grande parte da população se encontra vulnerável. Em resposta a essa situação, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina está intensificando ações preventivas. O mosquito Aedes Aegypti, responsável por reproduzir a doença, se reproduz em água parada e transmite o vírus que já matou mais que a Covid-19 em 2024.
Charles Silveira, presidente da FMS, informou que o órgão está ampliando a educação sobre dengue, contudo, ele pede que a população que colabore realizando inspeções semanais em suas casas para evitar a proliferação do mosquito, principalmente nesse período chuvoso. "Além disso, servidores da FMS inspecionam casas para verificar possíveis criadouros; mas contamos com o apoio de todos para prevenir o acúmulo de água parada. Esta é uma luta pela vida e pela saúde."
A médica Amariles Borba está conversando com profissionais nos estabelecimentos de saúde para alertar sobre os perigos da doença e a importância de manter bem hidratados os pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de dengue. “Recomendamos que esses pacientes têm que ter a urina transparente feito a água que bebe, 24 por dia, pois isso é um indicativo de boa hidratação. Estamos fazendo esse tipo de alerta aos profissionais, com base nas recomendações do Ministério da Saúde”.
Segundo a médica, existem 4 tipos de vírus da dengue, mas qualquer um pode levar à dengue hemorrágica, que é perigosa e pode causar a morte. “Se você tem a dengue tipo 1, ganha imunidade contra esse tipo, mas pode ainda contrair o tipo 2, 3 e 4. Estudos indicam que há um maior risco de formas graves nas infecções posteriores. Além disso, o tipo 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas”.
Ela ressaltou ainda que no Brasil não há vacinas suficientes para todos. "Há uma empresa japonesa, a Takeda, que fabrica a vacina contra a dengue e a vende para o Brasil. Embora outras instituições estejam desenvolvendo vacinas, a quantidade ainda não é suficiente para imunizar toda a população. Além disso, o tratamento é apenas de suporte aos sintomas. Então todos precisamos agir e convocar a população para não criar mosquito”, finalizou Amariles.
Ver todos os comentários | 0 |