O corpo do policial civil Marcelo Soares da Costa, assassinado durante uma operação no Maranhão na manhã desta terça-feira (3), chegou em Teresina na parte da noite, e seguiu em um cortejo por algumas avenidas da cidade até o Cemitério Jardim da Ressurreição, onde será velado e sepultado.
O cortejo saiu da funerária Pax União, na Avenida Miguel Rosa, e seguiu até a Avenida Gil Martins, passando em frente a sede do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), onde o policial era lotado. Depois, o comboio seguiu para a zona sudeste até a Avenida Mirtes Melão, onde fica o cemitério em que o corpo será sepultado, às 8h desta quarta-feira (4).
"Crime covarde"
Antes de sair em cortejo, o delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, falou da tristeza sentida por todos os agentes da segurança pública com a morte de Marcelo Soares, e ressaltou o empenho para que o responsável pela sua morte responde pelo crime.
“É uma situação realmente muito difícil até de comentar. Hoje foi um dia de luto, agora, é acompanhar a investigação desse crime covarde, desse homicídio qualificado praticado por esse indivíduo no estado do Maranhão, que já era alvo de uma investigação no Piauí. Vamos acompanhar até o final do processo para que esse indivíduo pegue pena máxima para esse crime covarde que ele cometeu”, declarou Luccy Keiko.
"O Marcelo dedicou sua vida para servir a sociedade"
O delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, também manifestou pesar pela perda daquele que também era seu amigo, além de colega de profissão. “O Marcelo era um policial exemplar, extraordinário, tanto na parte de investigação, como na parte de operações especiais, então é realmente um momento de tristeza, estamos de luto, o DRACO está de luto, a segurança pública Piauí, a sociedade está de luto. O Marcelo dedicou sua vida como profissional para servir a sociedade, tanto que morreu combatendo a criminalidade, e como o ser humano era extraordinário, um homem de coração grandioso, temente a Deus, apaixonado pela família, eu tinha um contato muito grande com ele. Além do profissional, o Marcelo era um amigo”, disse.
Acadepol em luto
Além de atuar no combate a criminalidade, Marcelo Soares atuava ensinando e formando novos policiais na Academia de Polícia Civil do Piauí (Acadepol). A delegada Anamelka Albuquerque, diretora da academia, destacou a importância do trabalho do policial.
“Muito além de ser um profissional excepcional na prática, ele também conseguia transmitir esse conhecimento e capacitar os policiais que estavam entrando. O trabalho dele é bastante reconhecido”, frisou a delegada Anamelka.
Assassinato
Marcelo Soares da Costa, 42 anos, foi morto em Santa Luzia do Paruá, no Maranhão, durante a Operação Turismo Criminoso, deflagrada pelo Departamento de Combate à Corrupção. Ele integrava a equipe que deu cumprimento a um mandado de prisão temporária contra Bruno Manoel Gomes Arcanjo, que recebeu os policiais a tiros. Ele foi preso em flagrante pelo homicídio.
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