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Teresina - Piauí

Delegado Barêtta revela detalhes do latrocínio do taxista Célio Pereira em Teresina

O acusado trata-se de um adolescente, de 15 anos, que está prestes a ser apreendido pelo DHPP.

O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta, afirmou nesta sexta-feira (07) que a equipe de investigação apontou que o taxista e policial penal aposentado Francisco Célio Pereira, de 71 anos, foi assassinado por um adolescente de 15 anos, durante um assalto, no Residencial Torquato Neto, na zona sul de Teresina. Ele revelou detalhes do crime ocorreu no último dia 5 de junho, quando a vítima realizava uma corrida e tinha o acusado como passageiro.

Conforme o delegado Barêtta, o acusado do crime estava pelo Centro de Teresina e frequentava algumas lojas do local. Na tarde de 5 de junho, por volta de 14h05, o adolescente solicitou a corrida com a vítima, saindo da Praça Saraiva, e chegou no local do crime às 14h35. A investigação apontou também que o menor de idade reside pela localidade onde realizou o assassinato.

Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Barêtta
Delegado Barêtta

“Conseguimos identificar com riqueza de detalhes a autoria material desse fato criminoso grave, que é um roubo seguido de morte. Não temos mais dúvida de que foi praticado por um adolescente de apenas 15 anos de idade. Na realidade, o menor anda pelo centro de Teresina e frequentava algumas lojas. O delegado seguiu todo o caminho do crime, desde que ele foi pegar a corrida, pois a vítima fazia ponto em frente a Praça Saraiva. Ele saiu por volta das 14h05. Ele chegou ao local do fato por volta das14h35, onde o crime foi cometido”, detalhou Barêtta.

DHPP averiguou que a vítima andava com duas armas de fogo quando realizava suas corridas, uma em um coldre axilar e outra entre as pernas, no banco de motorista. No momento em que foi abordado pelo acusado, já na zona sul da Capital, a vítima tentou esboçar reação.


“A vítima costumava andar com duas armas. Uma arma estava em um coldre axilar por dentro da camisa e uma pistola .380 que ele colocava entre as pernas quando estava dirigindo. Quando o meliante entrou no carro e foi passar o cinto, observou a arma entre as pernas dele. Ele sentou-se atrás, tanto é que ele não quis ir na frente, como costuma ser às vezes. Ele preferiu ir atrás e na posição do lado direito, ficando observando entre os bancos. Quando chegaram lá, ele anunciou o assalto e a vítima, evidentemente com o cinto, tentou esboçar uma reação. O acusado usava uma arma de repetição, um revólver. O projétil que ele utilizava tinha uma energia cinética baixa, por isso não houve região de esfumaçamento, nem tatuagem, que é aquela que retira a pele. Ele segue a cronologia do disparo e a cronologia da morte que tira a vítima de combate”, ressaltou o delegado.

Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Barêtta
Delegado Barêtta

Passagens criminais do adolescente

Segundo o diretor do DHPP, o adolescente cometeu o crime sozinho e a suspeita é que ele buscava roubar dinheiro da vítima, chegando no Torquato Neto, região onde o acusado do crime reside, ele anunciou o assalto que avançou para um latrocínio, assim que o criminoso reparou que poderia ficar com uma das armas do policial penal aposentado. O Departamento de Homicídios apontou também que o menor de idade já possui apreensões pelos crimes de assalto e também tráfico de drogas.

“Ele estava sozinho, tentou o crime todo sozinho. Inclusive, ele mora naquela região e já tem outras passagens, apesar de ter 15 anos. Ele já tem passagens por roubo, assalto e também tráfico de drogas. Ele iria assaltar. Eu acredito que ele poderia assaltar naquele momento por dinheiro. É dinheiro, é a importância do dinheiro, mas quando ele viu a arma, é aquela coisa que, na investigação criminal, chamamos de trilogia do crime. Ou seja, o meio, o modo, a oportunidade. Foi uma oportunidade mesmo. Ele poderia ter pego de qualquer um. Infelizmente, ele pegou do Célio, como ele viu naquele dia”, pontuou Barêtta.

DHPP vai apreender o menor

Barêtta também afirmou que a mãe do adolescente quer apresentar o menor de idade ao DHPP, porém, o delegado destacou que a equipe de investigação visa realizar logo a apreensão. “Estamos diligenciando para apreender o menor. Temos um estatuto bem claro na legislação pertinente. Ontem houve uma conversa com a mãe dele, dizendo que queria apresentá-lo. Mas, independentemente disso, vamos apreendê-lo e entregá-lo ao poder judiciário. O delegado já está adotando todas as providências junto ao juízo da infância e da juventude da comarca de Teresina”, finalizou.

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