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Teresina - Piauí

Promotora denuncia advogados e mais 17 alvos de operação do Gaeco no Piauí; veja nomes

Os advogados foram acusados de integrar esquema de tráfico, lavagem de dinheiro e falsidade documental.

O Ministério Público do Estado do Piauí denunciou os advogados David Pereira de Sá, Aliomar Maranhão Rego Rocha Silva e Juliana Lino Santos, além de outras 17 pessoas, alvos da Operação Fragmentado, todos acusados de envolvimento em um esquema criminoso de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro liderado por Vagner da Silva Carvalho, também denunciado. A ação penal foi ajuizada no dia 14 de novembro pela promotora Emmanuelle Martins Neiva Dantas Rodrigues Belo.

Foram denunciados, além dos já mencionados: Vitória Oliveira Marinho, namorada de Vagner Carvalho; Deive da Silva Lobato, irmão de Vagner; Rafael Mota da Silva; Jeiferson de Oliveira Araújo; Jonas Borges Pereira Filho; Nathan Henrique Ferreira de Freitas Silva; Carlos Alberto Reis Freire; Eduardo Ferreira da Silva; Francisco Walderlânio Ferreira da Costa; Vinicius Nonato de Oliveira; Vitor Manuel de França Melo; Lázaro Jackson Silva; Natanael Henrique Ferreira Freitas Silva; Lucas do Nascimento Veloso; Ronaldo Barbosa Silva Filho; e Antônia Linhares Veras.


Todos os denunciados foram alvos da Operação Fragmentado, deflagrada neste ano pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Vagner Carvalho, apontado como o líder do grupo, está preso desde março deste ano, entretanto, segundo as investigações, continuou no comando do esquema criminoso.

Foto: ReproduçãoVagner da Silva Carvalho e Vitória Oliveira Marinho
Vagner da Silva Carvalho e Vitória Oliveira Marinho

A atuação dos acusados foi dividida em quatro núcleos: tráfico de drogas e associação para o tráfico; lavagem e ocultação de dinheiro; comércio ilegal de armas; e de falsidade documental.

Tráfico de drogas

Segundo a denúncia, atuavam nesse núcleo os seguintes denunciados: Vagner Carvalho, Rafael Mota, Vitória Marinho, Jeiferson Araújo, David Pereira de Sá, Jonas Borges, Nathan Henrique Ferreira, Carlos Alberto Reis, Eduardo Ferreira, Francisco Walderlânio Ferreira, Vinicius Nonato, Natanael Henrique Ferreira, Lucas Veloso e Ronaldo Barbosa Silva Filho.

De acordo com o Ministério Público, essas pessoas atuavam como “traficantes locais”, distribuindo as drogas sob orientação de Vagner Carvalho.

Lavagem e ocultação de dinheiro

Esse núcleo, conforme a ação penal, era constituído por Vagner Carvalho, Rafael Mota, Vitória Marinho, Deive Lobato, Antônia Linhares, Vitor Manuel e os advogados David Pereira e Aliomar Maranhão.

A denúncia destaca a atuação de Vitória Marinho, namorada de Vagner, que, somente em 2023, movimentou mais de R$ 179 mil. “Importante ressaltar que Vitória Oliveira Marinho nunca declarou imposto de renda, mas, apenas no ano de 2023, movimentou a quantia de R$ 179.964,38 (cento e setenta e nove mil, novecentos e sessenta e quatro reais e trinta e oito centavos), sendo este valor totalmente incompatível com a sua realidade, uma vez que esta é apenas estudante de Psicologia e sequer tem emprego formal”, consta na ação. O Ministério Público estima que o grupo movimentou mais de R$ 1 milhão.

Comércio ilegal de armas

Atuavam nesse núcleo os denunciados Vagner Carvalho, Rafael Mota, Jonas Borges, Francisco Walderlânio, Lucas Veloso, Lázaro Jackson Silva e Natanael Henrique.

“Vagner da Silva Carvalho, além de atuar como fornecedor de drogas, dissimular a origem do dinheiro ilícito oriundo das vendas de drogas e armas, usar identidades falsas, o acusado também incorre no crime de comércio ilegal de armas de fogo”, diz outro trecho da denúncia.

Ainda conforme o órgão ministerial, Vagner tinha como principais negociadores os acusados: Lázaro Jackson, Jonas Borges e Lucas Veloso.

Falsidade documental

Por fim, esse núcleo era formado pelo casal Vagner Carvalho e Vitória Marinho e pelos advogados David Pereira, Aliomar Maranhão e Juliana Lino Santos.

David Pereira, segundo o Ministério Público, atuava como “leva e traz” de Vagner, que está preso. Conforme a denúncia, ele e Aliomar Maranhão foram os responsáveis por intermediar o acordo com Juliana Santos para que esta cedesse sua carteira da OAB para que Vitória pudesse ingressar no presídio a fim de visitar o namorado, se passando por advogada.

Advogado foi solto

Em decisão proferida nesta sexta-feira (6), o desembargador Pedro de Alcântara Macedo, do Tribunal de Justiça do Piauí, determinou a soltura do advogado David Pereira de Sá. O magistrado atendeu a pedido da defesa e entendeu que o advogado apresenta condições favoráveis à soltura.

Autoria e materialidade comprovadas

De acordo com a promotora Emmanuelle Martins, a autoria e a materialidade de todos os delitos relacionados foram comprovadas pelos diálogos presentes nos autos, colhidos em sede de extração de dados dos aparelhos celulares de Vagner Carvalho e Vitória Marinho.

Pedidos

Diante disso, a promotora pediu a condenação dos 20 denunciados, fazendo o devido enquadramento nos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem e ocultação de dinheiro, comércio ilegal de arma de fogo, falsidade de documento público e falsa identidade.

A representante do Ministério Público também pediu autorização judicial para incineração das drogas apreendidas em posse dos denunciados.

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