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Teresina - Piauí

GP1 nos Bairros: populares denunciam precariedade das estações de ônibus em Teresina

Situação evidencia como os investimentos de R$ 776 milhões no sistema Inthegra escoaram pelo ralo.

Lucas Dias/GP1 1 / 11 Estação abandonada na avenida João XXIII Estação abandonada na avenida João XXIII
Lucas Dias/GP1 2 / 11 Forro Deteriorado Forro Deteriorado
Lucas Dias/GP1 3 / 11 Vidros quebrados Vidros quebrados
Lucas Dias/GP1 4 / 11 Paredes pixadas Paredes pixadas
Lucas Dias/GP1 5 / 11 Lixeiras quebradas Lixeiras quebradas
Lucas Dias/GP1 6 / 11 Cadeiras destruídas Cadeiras destruídas
Lucas Dias/GP1 7 / 11 Vazamento de água e acúmulo de lodo Vazamento de água e acúmulo de lodo
Lucas Dias/GP1 8 / 11 Corrimão quebrado na estação do matadouro Corrimão quebrado na estação do matadouro
Lucas Dias/GP1 9 / 11 Vidros quebrados dentro da estação Vidros quebrados dentro da estação
Lucas Dias/GP1 10 / 11 Estação do Abertão abandonada Estação do Abertão abandonada
Lucas Dias/GP1 11 / 11 Vidros espalhados por toda parte Vidros espalhados por toda parte

Desde que começou a operar em Teresina, em março de 2018, o sistema de integração do transporte público – Inthegra, inseriu na cidade oito terminais e dezenas de estações, todas bem equipadas para que a população aguardasse a chegada do ônibus com segurança e conforto. Passados mais de seis anos, a realidade hoje é de um sistema deficitário, com uma frota que não contempla a demanda dos teresinenses, somada a total destruição das estações espalhadas pela cidade.

Inauguradas ainda em 2017, as estações eram equipadas com portas de vidro, cadeiras, climatizadores e um mapa do itinerário dos ônibus. Hoje, a maioria desses pontos estão totalmente desfigurados, restando apenas a estrutura básica.


Os terminais deixaram de operar após a pandemia, e, com o advento da gestão do prefeito Dr. Pessoa (PRD), o sistema implantado pelo então prefeito Firmino Filho, aos poucos, foi deixando de operar, fazendo escoar pelo ralo investimentos na ordem de R$ 776 milhões, segundo dados do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI).

Falta de estrutura e segurança

O mais grave que se vê nas estações de ônibus são os vidros quebrados. Além dos estilhaços dentro e fora dos pontos, há locais em que portas inteiras foram sacadas e estão apenas encostadas, apresentando um risco iminente de cair sobre uma pessoa, que pode ser uma criança ou idoso. À noite, a situação se agrava nas estações em que não há iluminação, onde também se instala o perigo de ações criminosas para quem espera seu transporte.

Essa preocupação aflige a dona Maria Goreth, funcionária pública. “A gente se sente mal. Além da insegurança, o ônibus demora demais, agora há pouco eu estava sozinha aqui e com medo. Tem umas estações onde a maioria dos vidros estão quebrados”, ressaltou.

O quadro atual é fruto do abandono da administração municipal e, consequentemente, da ação de vândalos e criminosos que, eventualmente, praticam furtos no local, como afirma a professora Ana Célia.

“Me sinto insegura, essa estrutura não oferece nem um pouco de proteção e comodidade para nós, passageiros, que precisamos pegar ônibus. Não existe segurança, por conta do vandalismo, está tudo depredado”, frisou Ana Célia.

O que diz a Strans

Procurada pelo GP1, a assessoria da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) disse que não irá se pronunciar.

Futuro

Considerando que restam apenas oito dias para o fim da gestão de Dr. Pessoa, o que, em termos práticos, inviabiliza ações de longo prazo para resolver a situação, a população agora olha para a futura administração, do prefeito eleito Sílvio Mendes (União Brasil). Recentemente, ele anunciou uma série de medidas, entre elas a construção de novos pontos de ônibus e a reforma e revitalização das estações.

Além disso, Sílvio Mendes também se reuniu com os empresários do transporte público, e um dos temas principais da reunião foi a frota de ônibus, que, atualmente, está em 240. Os gestores buscam saber quantos veículos são necessários hoje para suprir a demanda da população.

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