Está acontecendo, nesta quinta-feira (19), na sala de audiências da 2ª Vara do Júri, a audiência de instrução e julgamento do influencer Pedro Lopes Lima Neto, o Lokinho, e de seu namorado, Stanlley Gabryell Ferreira de Sousa, acusados de envolvimento no atropelamento que causou a morte de duas mulheres e feriu gravemente duas crianças em Teresina.
Na sessão, realizada no Fórum de Teresina, sob a presidência da juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, serão colhidos os depoimentos dos réus e das testemunhas de defesa e acusação.
Ao chegarem ao fórum, nem Lokinho nem Stanlley falaram com a imprensa, por orientação do advogado de defesa, Leonardo Queiroz.
O advogado Josélio Oliveira, que integra a assistência de acusação, representando os familiares das vítimas, não acredita que será acolhida a tese da defesa, que pede a desclassificação de homicídio doloso (quando há intenção de matar) para culposo (quando não há intenção).
“Defendemos a tese de que esse crime foi cometido com dolo eventual, de homicídio consumado, juntamente com as duas lesões. A gente entende que esse crime não será desclassificado para homicídio culposo, e o Júri vai decidir a vida tanto de Stanlley quanto de Pedro Lopes. Nós cremos que serão condenados no momento oportuno no Tribunal do Júri, por homicídio simples, com pena de seis a vinte anos”, declarou o advogado.
Relembre o caso
O influencer Lokinho e seu namorado, Stanlley Gabryell, se tornaram réus na Justiça por duplo homicídio e dupla tentativa de homicídio, em razão do atropelamento que culminou na morte das duas mulheres e feriu duas crianças em Teresina, no dia 6 de outubro. O atropelamento aconteceu na BR 316, zona sul da cidade.
Stanlley Gabryell dirigia um carro em alta velocidade e atropelou Marly Ribeiro da Silva e Kassandra de Sousa Oliveira, que morreram, além de duas crianças, de 2 e 11 anos, que ficaram feridas.
O laudo pericial emitido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) indicou que Stanlley atropelou as vítimas após fazer uma manobra abrupta para mudar de faixa, sem qualquer justificativa. Lokinho também responde no processo por entregar a direção de veículo automotor para pessoa não habilitada – ele é o proprietário do veículo que o namorado dirigia, sem habilitação.
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