O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí (Sinpolpi) acusou o delegado Samuel Silveira, coordenador do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), de mandar prender agentes da delegacia especializada na tarde desta quarta-feira (11). Dezenas de policiais se dirigiram à sede da delegacia, na zona sudeste de Teresina, em protesto.
Segundo Isaac Vilarinho, presidente do Sinpolpi, a situação ocorreu após a delegada Adília Klein ordenar que um agente dirigisse uma viatura caracterizada sem possuir curso exigido pelo Código de Trânsito Brasileiro. A entidade diz que a delegada do Denarc praticou assédio moral contra o policial e ele acionou integrantes do sindicato, que estavam no local depois de realizarem uma reunião.
“Nós, do Sinpolpi, viemos para a sede do Denarc hoje, passar a diretrizes do nosso Movimento Polícia Legal, antes de uma operação que iria ocorrer. Conversamos com os colegas antes da operação, passamos as diretrizes, quando estávamos na parte externa, estendendo a nossa faixa, um colega chamou a gente, dizendo que a delegada, Adília Klein estava assediando, querendo forçar ele a dirigir a viatura caracterizada sem o devido curso”, disse Isaac Vilarinho.
O presidente do Sinpolpi relatou que o delegado Samuel Silveira ordenou que eles se retirassem e chamou a Polícia Militar para prendê-los. “O colega nos chamou, para conversarmos com a delegada sobre esse assédio, quando chegamos aqui na parte interna do Denarc, falamos que o colega não poderia dirigir a viatura e o delegado Samuel Silveira saiu e gritou: ‘saiam daqui, eu não vou aceitar vocês aqui dentro’. Nós respondemos que não iríamos sair, porque é um direito sindical nosso, até porque não estávamos atrapalhando operação nenhuma e o delegado Samuel Silveira disse que iria chamar a PM, nós de pronto chamamos os policiais civis para nos dar apoio”, completou.
O que diz o delegado-geral
Em entrevista aos jornalistas presentes, o delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, disse que esse tipo de ocorrência costuma acontecer quando estão em vigor movimentos como o Polícia Legal, em que a categoria dos policiais civis reivindica reajuste salarial.
“Isso é comum quando está tendo movimento sindical, Polícia Legal, às vezes os ânimos se alteram, isso é perfeitamente comum. Não acredito em paralisação, vamos continuar com nosso trabalho”, declarou Luccy Keiko.
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