O coordenador da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), delegado Humberto Mácola, afirmou nesta sexta-feira (11) que a Polícia Civil está investigando perfis de Instagram, que já foram alvos da Operação Jogo Sujo II, mas permanecem realizando publicidade de novas plataformas de jogos online de azar, a exemplo do perfil Teresina Fofoqueira.
Em entrevista ao GP1, a autoridade policial ponderou que independente de estar regularizada ou não, a Polícia Civil vai intervir sob quaisquer circunstâncias para apurar caso a caso. “Toda a investigação e toda a operação que foi deflagrada na última quarta-feira envolve a prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro. É notório que isso não pode acontecer. Ninguém pode incentivar, divulgar jogos ilegais. Então, independentemente da plataforma estar regularizada ou não, e isso está sendo avaliado, ninguém, nenhum nacional pode divulgar. Então, não precisa que isso seja explícito em uma decisão, que seja explícito pela autoridade policial. Cada um que fizer isso, que arque com as consequências do que está fazendo. Tudo isso está sendo analisado pela Polícia Civil e se estiverem continuando com essa divulgação, a qual nós estamos combatendo, de práticas de jogos ilegais, a Polícia Civil vai intervir como em qualquer tipo de crime ou contravenção, seja no tráfico de drogas, seja no homicídio, seja nos jogos ilegais, seja na lavagem de dinheiro. Entrou no radar da Polícia Civil nós temos a obrigação de investigar, averiguar e nós estamos investigando”, asseverou o delegado Humberto Mácola.
Ainda de acordo com o coordenador da DRCI, logo após a deflagração da segunda fase da Operação Jogo Sujo a própria sociedade passou a denunciar os perfis à Polícia Civil. “Nada passa desapercebido pelos olhos e pelo radar da Polícia Civil. Então isso está sendo amplamente divulgado, as pessoas estão nos procurando, estão nos questionando e nós temos o dever de investigar”, finalizou o delegado Humberto Mácola.
Robin da Carne deve se entregar hoje à Polícia Civil
Por volta de 10h desta sexta-feira (11), três advogados foram à sede da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática, a fim de alinhar os termos da apresentação de Antônio Robson da Silva Pontes, o Robin da Carne, que deverá ocorrer ainda nesta sexta-feira.
Ele é o único dois 8 alvos de mandados de prisão que não foi cumprido desde a última quarta-feira (09).
Entenda o caso
A Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) deflagrou a Operação Jogo Sujo II que tem como alvos influencers de Teresina, que utilizavam suas redes sociais, em especial o Instagram, para promover jogos de azar ilegais, como o Jogo do Tigrinho, operados por plataformas clandestinas hospedadas em servidores no exterior, que não estão sujeitas à regulamentação fiscalizatória nacional.
Durante a apuração, verificou-se que os influenciadores digitais, que possuem grande número de seguidores, eram contratados pelas plataformas de jogos de azar para divulgar diariamente novas oportunidades de apostas, exaltando supostos benefícios e chances de lucro.
Padrão de vida incompatível com a renda dos investigados
Os policiais constataram que os influenciadores alvos de prisão temporária exibiam constantemente bens de luxo, como carros, casas de alto padrão, viagens e jantares caros, criando a ilusão de que os jogos de azar são uma forma viável de se obter uma vida de luxo.
O levantamento produzido pela investigação da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), permitiu aos policiais evidenciarem uma movimentação financeira astronômica, comparada aos ganhos auferidos de forma legal.
Ao todo, foram presas sete influencers: Pedro Lopes Lima Neto (Lokinho), Letícia Ellen Negreiro de Abreu, Diogo Macedo Basílio, (Diogo Xenon), Milena Pamela Oliveira Silva, Brenda Raquel Barbosa Ferreira e Douglas Guimarães Pereira Neves e Marta Evelin Lima de Sousa, mais conhecida como Yrla Lima.
Ver todos os comentários | 0 |