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Teresina - Piauí

Petistas históricos podem travar filiação de Enzo Samuel

O ativista Júnior do MP3 disse que a ideia é não abrir as portas para líderes com mandato.

Corre nos bastidores da política que o presidente da Câmara Municipal de Teresina, Enzo Samuel, poderia deixar o PDT para se filiar ao PT e ajudar o partido no projeto de eleger a maior bancada e assegurar o comando da Casa Legislativa pelos próximos dois anos. Neste sentido, seria primordial ajustar alguns interesses e contar com a aval da maioria dos petistas que resistem à chegada de líderes com mandato, como é o caso de Enzo.

Esses entraves foram evidenciados ao GP1 nesta segunda-feira (04) pelo ativista social e membro histórico do PT, Júnior do MP3. Sem citar Enzo Samuel, o ativista explicou que a regra é não abrir as portas para líderes sem identidade com o partido e dar a um petista raiz o direito de assumir a presidência da Câmara.


Foto: Lucas Dias/GP1Júnior do MP3
Júnior do MP3

"O sonho dos petistas de raiz era que o partido elegesse a maior bancada, mas com petistas legítimos. Aí sim, um petista ou uma petista seria o presidente da Câmara de Vereadores. Sabemos que existem conversas de pessoas que já se veem como parte do PT e que já se propõem a ser o presidente da Câmara, tentando fazer acordos. Mas isso não vai acontecer. Se nós formarmos a maior bancada, não vamos aceitar que um neopetista ou alguém que seja aliado de última hora seja o presidente da Câmara. Nossa prioridade é ter a maioria dos vereadores legítimos do PT, e, quando chegarmos lá, a proposta é que seja um petista de raiz a dirigir a Câmara de Teresina", declarou Júnior.

Foto: Lucas Dias/GP1/DivulgaçãoEnzo Samuel, presidente da Câmara Municipal de Teresina
Enzo Samuel, presidente da Câmara Municipal de Teresina

Partido de aluguel

O ativista social continuou expondo o posicionamento de setores petistas e adiantou que a principal luta neste momento é evitar que o PT seja usado como um partido de aluguel, apenas para abrigar líderes que não estão conseguindo montar estratégias em suas legendas de origem.

"Nossa grande preocupação é o PT alugar a sigla, como fez quando recebeu vários deputados estaduais de fora. Hoje, o PT tem quantidade, mas não tem qualidade. A maioria que veio foi por oportunismo, e isso pode se repetir na Câmara de Vereadores. Há vários vereadores que têm interesse em se filiar ao PT porque o partido atualmente está no Governo Federal e no Governo Estadual, e essas pessoas não conseguiram formar chapas em seus partidos, então querem vir apenas para assegurar seus mandatos", criticou o ativista.

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