O juiz Sávio Ramon Batista da Silva, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba, concedeu prazo de 30 dias para que a Polícia Civil do Piauí, através da 1ª Divisão de Homicídios da Delegacia Especializada no Combate às Facções Criminosas, Homicídios e Tráfico (DFHT), conclua a investigação da morte do policial Alexsandro Cavalcante Ferreira, de 45 anos. A decisão foi dada nesta terça-feira (26).
O prazo foi concedido após a defesa técnica do policial militar Valério de Sousa Caldas Neto, acusado de ser o autor da morte de Alexsandro, apresentar requerimento solicitando o anexo aos autos do vídeo registrado por câmeras de segurança da residência que fica ao lado do domicílio do militar, em especial no horário das 22h até às 23h50, do dia 12 de setembro.
Em sua manifestação, o Ministério Público do Estado do Piauí opinou favoravelmente pela realização da diligência requerida, no sentido de oficiar a autoridade policial para que seja anexado o vídeo.
“Por se tratar de investigação de difícil elucidação, defiro o pleito, concedendo à autoridade policial o prazo suplementar de 30 dias, a fim de que seja concluída a investigação, com o cumprimento, inclusive, das diligências requisitadas pelo Parquet”, destacou o juiz Sávio Ramon Batista em sua decisão.
Quebra do sigilo bancário
A Justiça do Piauí determinou a quebra de sigilo telefônico do cabo Valério de Sousa Caldas Neto, acusado de assassinar o policial civil. A investigação sobre o caso é presidida pelo delegado Maikon Kaestner.
Prisão temporária decretada
O policial militar teve a prisão temporária decretada no dia 12 de setembro, por decisão do juiz João Manoel de Moura Ayres, da Central de Audiência de Custódia de Parnaíba. O magistrado afirmou que a prisão temporária visa garantir melhor investigação do caso, e destacou a insuficiência de medidas cautelares mediante a gravidade do ocorrido, visto que a vítima não teve chance de defesa.
Entenda o caso
O policial civil Alexsandro Cavalcante Ferreira foi morto a tiros próximo da sua residência na madrugada do dia 13 de setembro. Ele foi encontrado já sem vida por policiais do 27° Batalhão da Polícia Militar.
Horas depois do crime, o cabo Valério de Sousa Caldas Neto se apresentou na Central de Flagrantes de Parnaíba, após comunicar os superiores sobre o crime. Diante do caso, a corregedoria da PM vai abrir processo administrativo para investigar o policial.
Durante interrogatório à polícia, Valério afirmou que não conhecida o policial civil, e que agiu por achar a atitude de Alexsandro suspeita. Ainda conforme o cabo da PM, Alexsandro teria apontado uma arma em direção do PM, que reagiu e efetuou dois disparos.
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