Leona da Mata
Pedro Oliveira
A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Combate a Crimes Tributários e Relações de Consumo (Deccotrec), assim como a Polícia Federal, atuarão na 2ª fase da operação que será realizada em conjunto com Receita Federal, que envolve a responsabilização criminal dos investigados pela Receita Federal. A 1ª fase da operação deflagrada na última quinta-feira (10), visou combater a comercialização de produtos falsificados em Teresina, que resultou na apreensão de mais de R$ 5 milhões em mercadorias.
Após a retenção das mercadorias, foi realizada a quantificação, apuração e levantamento de todos os materiais, para que sejam aplicadas todas as sanções e penalidades administrativas previstas pela Receita Federal. Segundo o delegado Filipe Bonavides, há suspeita de que os responsáveis pelas lojas estejam envolvidos com outros tipos de crimes, mas tudo isso será esclarecido no decorrer das investigações.
“É possível que a venda de aparelhos com materiais falsificados, de origem de descaminho e contrabando, andem junto com a criminalidade violenta. Já fizemos indiciamento de pessoas pelos crimes de receptação qualificada, no qual houve a venda de celulares oriundos de roubos de carga, o que denota envolvimento com tipo de criminalidade mais violenta. Não é também descartada a ligação de pessoas que vendem esse tipo de produtos como forma de lavagem de dinheiro para outros crimes, como tráfico de drogas e organização criminosa”, destacou o delegado Bonavides.
Segurança dos usuários
Com o apoio operacional da Polícia Civil do Piauí, a Receita Federal retirou de circulação produtos falsificados comercializados em 10 estabelecimentos de Teresina que, além de causarem prejuízos ao erário, também representavam um risco à segurança e saúde dos usuários, pois não possuíam identificação e selo de segurança do Inmetro e da Anatel. Caso constatado algum crime, os alvos da operação devem ser responsabilizados de acordo com a competência de cada órgão envolvido na operação.
Segundo Francisco Matias, gerente da Anatel, o selo representa que aquele produto tem autorização de circular no mercado, pois mostra que a mercadoria passou por testes de qualidade e segurança. “A gente vem, justamente, combatendo esses produtos pirateados, como também a certificação necessária por parte da Anatel. Esses produtos, para serem comercializados para a população, precisam passar por teste de conformidade técnica e eletromagnética, justamente para garantir qualidade, saúde e segurança para os usuários, além de proporcionar uma competição justa para aqueles comerciantes que querem trabalhar de forma correta. Não é raro a gente escutar notícias de carregadores que explodiram, alguém que levou choque elétrico, justamente por usar equipamentos feitos com materiais baratos, de qualidade duvidosa”, esclareceu o gerente da Anatel.
Em casos de falsificação do selo da agência reguladora, o delegado recomenda que os consumidores consultem a autenticidade do selo através do próprio site da Anatel.
Dez lojas foram alvos da Receita Federal
O GP1 obteve os nomes das dez lojas alvos da operação da Receita Federal. A maioria delas estão localizadas no centro de Teresina e menor parte nos bairros Dirceu e Mocambinho, como o Rei do Tênis.
Confira abaixo a relação das empresas:
Centro
Wang Freitas
MP Acessórios
Importex
Xião Variedades
LS, Variedades
Electro Capas
H&W Variedades
Zona norte
Rei do Tênis
Lima’s Atacado
Zona sudeste
IG Import
Ver todos os comentários | 0 |