A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Teresina, recebeu denúncia contra quatro membros da facção criminosa Bonde dos 40, acusados de assassinarem a tiros Everton Gomes de Araújo, o “Romano”, crime ocorrido em 23 de abril deste ano, na zona sul da Capital. A denúncia foi recebida no dia 19 de julho.
Foram para o banco dos réus Jefferson Willian da Silva Costa, vulgo “Piloto”; Antônio de Deus Pereira Neto, o “Fantasmão”; Alysson Antônio de Barros Nascimento, vulgo “Alisson Ponto 40”; e Matteu Vieira Arruda, vulgo “Dudu CTR”. Segundo denúncia do Ministério Público, Everton Gomes foi executado por ter vendido joias falsas para Antônio de Deus, o Fantasmão.
“Apurada a motivação do crime, conclui-se que a vítima e os acusados são integrantes da Facção ‘Bonde dos 40’, ao passo que aquela [vítima] teria vendido alianças a Antônio de Deus Pereira Neto, V. ‘Fantasmão’. Contudo, as referidas alianças não seriam de ouro, fato que provocou a ira deste último”, diz trecho da denúncia assinada pelo promotor Régis de Moraes Marinho.
Detalhes do crime
Narra a denúncia que no dia 23 de abril Everton Gomes foi atraído para um imóvel situado no bairro Três Andares, residência de Jefferson Willian, o Piloto. Pouco tempo depois, chegaram na casa os outros três acusados e executaram a vítima.
O corpo de Everton foi levado pelos criminosos em um carro e abandonado na Estrada da Alegria, onde foi alvo de mais disparos de arma de fogo. “A vítima foi rendida por ‘Fantasmão’, que portava uma espingarda calibre 12, sendo subjugada e espancada pelos seus algozes, chegando a ter seu pescoço amarrado com uma corda, enquanto era alvo de coronhadas desferidas por ‘Acerola’. Nesse contexto, os primeiros disparos de arma de fogo foram efetuados ainda dentro do supradito imóvel, local onde a vítima foi executada, ao passo que o seu cadáver foi transportado em veículo, envolto em uma rede, até o local onde foi ocultado, ponto em que foram realizados novos disparos, além do arrastamento do cadáver”, consta na denúncia.
Diante dos fatos, o promotor Régis Marinho denunciou os quatro acusados pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e por integrarem organização criminosa.
Ao analisar a ação penal, a juíza Zilnar Coutinho vislumbrou a existência de elementos que comprovam a materialidade e autoria do crime e recebeu a denúncia em todos os seus termos, colocando automaticamente os quatro acusados no banco dos réus. “A denúncia se encontra instruída com elementos que comprovam a materialidade dos delitos e indícios de autoria dos referidos crimes”, concluiu a magistrada.
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