Samuel chegou aos holofotes do futebol piauiense com a faixa de capitão do Fluminense-PI no braço, um ano antes do clube subir para a Série A do Campeonato Piauiense. No time, ele ajudou a construir a hegemonia que o Vaqueiro alimentava nas categorias de base do futebol local e se sagrou campeão do torneio. A sequência, com uma campanha histórica para o futebol local na Copa do Nordeste sub-20, quando o clube foi vice-campeão, garantiu a ascensão do atleta aos profissionais. O futuro parecia ali, sem dúvidas, promissor.
As expectativas logo se frustraram. Com Marcelo Vilar à frente da equipe, os garotos recém-promovidos aos profissionais não ganharam oportunidades e Samuel terminou emprestado. Atuou pelo 4 de Julho e logo depois, na preparação do Fluminense-PI que levou jogadores para o Piauí como uma forma de realizar testes antes do início das competições na temporada 2023. Ainda assim, as chances vieram de maneira muito mais espaçada.
Agora aos 22 anos, Samuel se despediu do Vaqueiro. Sem chances e com o time dispensando atletas jovens e inclusive, abrindo mão de participar do Campeonato sub-20, aonde defenderia o título em busca do tetracampeonato. Havia o interesse do Fluminense-PI em renovar com o atleta, como ele contou ao GP1 Esporte – o que levanta a questão sobre como de fato o time irá se movimentar na próxima temporada. Agora, para ele, é o momento de buscar novos ares sem deixar de perseguir seu sonho.
“Eu não consegui pegar uma sequência como profissional igual eu tive na Copa do Nordeste sub-20 aonde eu fui artilheiro, então achei que era o momento de respirar novos ares e procurar novos objetivos para minha carreira”, nos contou o meia.
Sonho adiado e amor incondicional
A campanha da Copa do Nordeste sub-20 colocou Samuel no mapa. Os sete gols na competição o credenciaram e as sondagens do futebol europeu surgiram. À época, um clube da Bulgária, não revelado pelo atleta, o procurou. Neste período, porém, Samuel passava por um momento delicado de sua vida: as complicações de saúde de sua mãe, dona Maria, que teve câncer de mama.
“Na época, a doença da minha mãe complicou e não estava com cabeça para poder resolver essa questão, deixei para o meu empresário e o clube resolveram e, naquele momento, o clube não me liberou para poder ir”, disse Samuel ao GP1 Esporte. As palavras sobre dona Maria permanecem e honrar o legado de sua mãe, é o mais importante. “Eu acho que este é o momento de buscar novos voos e correr sempre pela minha mãe, que hoje está no céu ao lado de Deus. Não vou esquecer dela nunca”, arrematou.
Agora, Samuel vai em busca de novos voos com 53 jogos disputados e 11 gols marcados em dois anos. Os números contam a jornada de Samuel nas categorias de base do Vaqueiro, além do time profissional e também os empréstimos junto ao 4 de Julho e Piauí.
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