A 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-policial militar Max Kellysson Marques Marreiros, acusado de agredir fisicamente e tentar matar uma mulher dentro do apartamento da vítima, em um condomínio na zona leste de Teresina. O relator da decisão, proferida no dia 4 de maio, foi o desembargador Erivan Lopes. Além desse crime, o ex-PM é réu acusado de matar o radiologista Rudson Vieira Batista da Silva, em um bar, no ano de 2019.
Na decisão, foi destacado que a pronúncia a Júri Popular do acusado será mantida devido à gravidade do crime, evidenciada pela forma com a qual ex-PM agiu, inclusive tendo sua prisão preventiva necessária para garantir a ordem pública.
“A sentença de pronúncia ratificou os fundamentos invocados na decretação da prisão preventiva. O primeiro deles foi a gravidade concreta da conduta, evidenciada pelo modus operandi empregado na execução, porquanto o paciente, em tese, invadiu a residência da vítima e tentou matá-la, somente não fazendo por interferência de um vizinho, tendo esta sofrido agressões/lesões, além de terem sido causados danos em seu apartamento. O segundo foi a recalcitrância delitiva do acusado, tendo em vista que possui outro registro criminal por crime da mesma espécie. Tais razões, justificam a manutenção da segregação preventiva como forma de garantia da ordem pública, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal”, citou o relator da decisão.
Denúncia do Ministério Público e prisão
Em 7 de outubro de 2022, o Ministério Público do Estado do Piauí, por meio do promotor Ubiraci Rocha, ofereceu denúncia contra Max Kellysson pelo crime de tentativa de homicídio. A denúncia foi aceita pela Justiça e, em 13 de outubro, o juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, determinou a remessa dos autos à Distribuição Criminal.
O ex-PM foi preso em 18 de outubro de 2022 em um supermercado na zona sul de Teresina. A prisão foi realizada pela Delegacia Estadual de Captura (Decap), sob o comando do delegado Eduardo Aquino, em cumprimento ao mandado de prisão preventiva expedido no âmbito do processo do crime de tentativa de homicídio.
Assassinato de radiologista
Além de tentar matar a vizinha, o ex-policial militar também responde por outra ação penal. A vítima foi o radiologista Rudson Vieira Batista da Silva, de 32 anos, baleado na noite de 1º de dezembro de 2019, durante um desentendimento com o então policial militar Max Kellysson, em um bar no bairro Buenos Aires, zona norte de Teresina. Ele chegou a ficar internado no Hospital São Marcos, mas morreu em 7 de dezembro.
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