A juíza Maria do Perpétuo Socorro Ivani de Vasconcelos, da Vara Núcleo de Plantão de Parnaíba, converteu em preventiva a prisão de Joel Brito Cardoso, acusado de arremessar álcool e atear fogo no corpo de sua esposa, Leidiana da Silva, no município de Cocal. A decisão foi dada no último dia 26 de março.
Na decisão, a magistrada apontou que existem indícios suficientes para que a prisão do suspeito seja convertida em preventiva, pois foi considerado a existência do crime, o auto de exibição e apreensão e o laudo de internação hospitalar.
Além disso, a juíza destacou que a forma de agir do acusado aponta alta periculosidade e uso de violência doméstica a ponto de querer tirar a vida da companheira, mesmo com o longo histórico de violência.
“Há indícios suficientes de autoria, consubstanciados nos depoimentos prestados perante a Autoridade Policial, bem como prova da existência do crime, conforme Auto de Exibição e Apreensão e Laudo de Internação Hospitalar. Ademais, o modus operandi atribuído ao autuado é revelador de alta periculosidade, considerando o estágio atual de escalada do ciclo de violência doméstica, culminando em tentativa de ceifar a vida da vítima após longo histórico de agressões. Dessa forma, o estado de liberdade do imputado gera perigo para a ordem pública, uma vez que se utilizou de meio insidioso ou cruel para concretizar a prática delitiva”, diz trecho da decisão.
Entenda o caso
Uma mulher identificada como Leidiana da Silva, 34 anos, teve o corpo queimado na tarde de 25 de março, no bairro Santa Luzia, município de Cocal, depois que seu companheiro arremessou álcool e ateou fogo na vítima. O acusado do crime, identificado como Joel Brito Cardoso, foi preso pela Polícia Militar do Piauí horas depois.
Conforme a PM, Leidiana sofreu lesões no tórax, abdômen, quadril, costas e face. As diligências iniciais apontaram que a enteada do acusado, de 13 anos, seria o alvo das agressões. Durante uma discussão com a vítima, o marido expulsou Leidiana de casa, juntamente com a enteada e as filhas do casal, de apenas 6 e 2 anos.
Assim que elas estavam saindo do imóvel, o suspeito jogou álcool na adolescente para atear fogo, mas a mãe da jovem entrou na frente, sendo atingida pelo produto. Em seguida o homem acendeu um isqueiro e ateou fogo a companheira.
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