Componentes de um grupo de umbanda foram alvo de intolerância religiosa por alguns vereadores da Câmara Municipal de Piripiri.
Ao tomar conhecimento que haveria uma palestra sobre a religião afro-brasileira, oito dos quinze vereadores esvaziaram a sessão que não atingiu o quórum previsto no regimento, necessário para que fosse iniciada.
Os vereadores Douglas Leonardo, Nayla Barbosa, William da Loto, Bacaí da Rua de Cima, Andrea Azevedo, Menandro Brito, Eldenis Barbosa e Papinha Mendes boicotaram a sessão ordinária prevista para ser realizada nessa terça-feira (28).
A participação do grupo umbandista estava agendado há mais de um mês e por conta da presença dos religiosos os vereadores não se fizeram presentes.
O grupo de umbanda entendeu o ato como intolerância religiosa: “situação triste, vexatória e desrespeitosa. Eram pra ser nossos representantes e viraram as costas para nós. O porquê disso? Por que somos negros, por que somos da umbanda? Esperamos essa sessão por mais um mês”, frisou um dos integrantes do grupo.
O Código Penal tipifica que fazer chacota de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa, impedir ou perturbar cerimônia ou culto religioso e desprezar publicamente ato ou objeto de culto religioso é crime com pena de reclusão de um a três anos e multa.
A Lei contra discriminação, nº 7.716, também define punição para os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, com reclusão de um a três anos e multa.
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