O delegado Francisco Costa, o Barêtta, diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), procurou o GP1 neste domingo (5) para esclarecer informações acerca do assassinato da cabeleireira Aretha Dantas. Ele afirmou que os dados da quebra de sigilo telefônico do caso já foram devidamente encaminhados à Justiça.
De acordo com o delegado, ao contrário do que constava no despacho da Justiça que cobrava o envio desses dados, a remessa já havia sido feita há algum tempo. Assim, segundo o diretor do DHPP, deve ter havido uma falha onde o Judiciário não teve acesso a esses dados enviados pela Polícia Civil.
“Conversei com a delegada, porque trato com muita higidez todos os atos do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa. Acompanho tudo, para que os atos sigam o que manda a lei, para que ele possa prevalecer na sua credibilidade, perante o inquérito e o processo. Portanto, eu conversei com a delegada, a delegada disse que já é a terceira vez, inclusive, a última vez quem encaminhou esse relatório foi a doutora Nayana, que hoje é promotora de Justiça. Mesmo assim a delegada Nathália Figueiredo também encaminhou um despacho no PJE [Processo Judicial Eletrônico] dando ciência ao meritíssimo juiz que já havia encaminhado, mas estava novamente repetindo a pedido dele”, explicou Barêtta.
O delegado ressaltou que a Polícia Civil tem feito sua parte nesse e nos demais casos de investigação de crimes contra a vida, principalmente os feminicídios. “Se o processo não está andando, a culpa não é da Polícia Civil, não é a inércia da Polícia Civil que está fazendo esse processo não andar e esse indivíduo não ser punido na forma da lei. A Polícia Civil, através do DHPP, tem dado a sua resposta e continuará dando resposta em proteção à sociedade piauiense, principalmente, em crime contra as mulheres nesse nosso estado do Piauí”, declarou o coordenador do DHPP.
Caso Aretha Dantas
Aretha Dantas foi encontrada morta com perfurações de arma branca e sinais de atropelamento, na madrugada de 15 de maio de 2018, na Avenida Maranhão, zona sul de Teresina. O ex-companheiro dela, Paulo Alves dos Santos Neto, foi considerado o principal suspeito do crime.
No dia 16 de maio, Paulo Neto se entregou à polícia e confessou a autoria do crime. No dia 20 de janeiro de 2020 o juiz Antônio Nollêto relaxou a prisão preventiva e concedeu liberdade provisória ao acusado de matar Aretha Dantas.
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