Mikaela Ramos
O juiz Nauro Thomaz de Carvalho, da Vara Única da Comarca de Avelino Lopes, converteu em preventiva a prisão em flagrante do jovem identificado como Mateus Pereira Rodrigues, acusado de assassinar o pastor Sulpício da Silva Neto com golpes de facadas no peito, nessa segunda-feira (30), em Curimatá. A decisão foi proferida nessa terça-feira (31).
Na decisão, o magistrado considerou que está demonstrada a materialidade do crime, bem como a existência de indícios suficientes da autoria do delito e necessidade de garantia da ordem pública. Além disso, o juiz ponderou que a aplicação de medidas cautelares não prisionais, não se mostram cabíveis nem adequadas ao caso. Portanto, o juiz Nauro Thomaz de Carvalho homologou a prisão em flagrante e a converteu em preventiva. Desta forma, o homem deve permanecer preso pelos próximos 90 dias.
“Os fatos que dão ensejo à prisão preventiva são contemporâneos e, pelas mesmas razões acima expostas, as medidas cautelares não prisionais não se mostram cabíveis nem adequadas ao caso. Outrossim, comportamentos dessa natureza são graves e de grande reprovabilidade social, pois provocam profunda revolta e indignação da comunidade local, o que acaba por abalar a ordem pública. Ante o exposto, homologo a prisão em flagrante de Mateus Pereira Rodrigues, e a converto em prisão preventiva, nos termos dos arts. 310, II, 312, parágrafo único, e 313, III, todos do Código de Processo Penal”, diz o trecho da decisão do magistrado.
Mateus Pereira Rodrigues está detido em uma unidade penitenciária situada na cidade de Bom Jesus.
O crime
O pastor da Igreja Pentecostal Ministério do Louvor, Sulpício da Silva Neto, foi executado a facadas pelo acusado Mateus Pereira Rodrigues, que confessou ter cometido o assassinato do líder religioso na tarde dessa segunda-feira (30). O crime ocorreu na sala da casa da vítima, na Rua Projetada, do bairro Nova Curimatá, situado no referido municípío.
Conforme as informações repassadas ao GP1 pelo capitão Ramos, comandante da 2ª CIA do 7º Batalhão da Polícia Militar, a motivação do homicídio foi devido ao pastor ter apelidado o criminoso como "cantor", o que despertou a fúria do homem. "No momento da prisão, o Mateus [acusado] relatou que ele estava passando pela rua e o pastor chamou ele de cantor. Ele disse que o pastor já chamava ele há muito tempo de cantor e disse que não gostava disso", contou o capitão da PM.
Ainda segundo o comandante da PM de Curimatá, a mãe do acusado informou que ele faz uso de medicação controlada e seria usuário de drogas. Além disso, foi verificado que Mateus Pereira tem passagens pela polícia por crime de furto e agressões físicas contra a mãe.
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