O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) obteve autorização da Justiça para estender o prazo da conclusão do inquérito que investiga a ação de policiais militares do 11º Batalhão da Polícia Militar de Timon. Eles são acusados de disparar um tiro de fuzil 556 que atingiu a adolescente de 12 anos, Geovanna Gabriely de Sousa Conrado, irmã da cantora Aline Conrado. O caso ocorreu durante uma abordagem no bairro Dirceu, zona sudeste de Teresina, em 26 de agosto deste ano.
Para justificar o pedido de dilação de prazo, o delegado Bruno Ursulino, responsável pelas investigações, argumentou que ainda resta a análise de laudos técnicos a serem anexados ao bojo do inquérito, a fim de avaliar o dano causado à adolescente, que foi perfurada no intestino com o projétil do fuzil 556.
Demais diligências estão sendo realizadas com o objetivo de pormenorizar a participação de cada um dos investigados no dia do crime, a fim de que o relatório seja remetido ao Ministério Público e a promotoria se manifestar.
Entenda o caso
De acordo com o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o caso aconteceu na BR 343, no cruzamento da Avenida Principal do Dirceu com a rodovia BR 343, no bairro Dirceu, zona sudeste de Teresina.
Estavam no veículo o pai, a mãe e a irmã da cantora Aline Conrado, Geovanna Gabriely. Eles voltavam de Timon, onde a cantora havia se apresentado, quando foram abordados por policiais militares do Batalhão de Timon, que estavam à paisana.
“As pessoas vinham de Timon, em um Siena, havia inclusive instrumentos musicais no carro. Estavam o marido, a esposa e a criança de 12 anos, quando, já na altura do Dirceu, esse carro fez abordagem. As pessoas do Siena pensaram que era assalto e quando tentaram sair foram atingidos com vários disparos de arma de fogo, e um dos projéteis chegou a atingir essa criança na região do abdômen”, detalhou o delegado Barêtta.
O GP1 apurou que o carro foi alvejado com pelo menos oito tiros, sendo a maioria de fuzil 556.
Policiais foram afastados
Por decisão do comando do 11º Batalhão da Polícia Militar do Maranhão, os policiais envolvidos na abordagem foram afastados das atividades desde a última segunda-feira, 28 de agosto.
Além do afastamento, a Polícia Militar do Maranhão instaurou um inquérito policial militar para apuração dos fatos. A medida ocorre após determinação do Comando-Geral da PM-MA, que designou um oficial da mais alta patente para se dirigir à Timon e realizar os procedimentos de apuração.
Na esfera criminal, o caso está sob responsabilidade do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), sob titularidade do delegado Bruno Ursulino, que já ouviu várias testemunhas e está com as investigações bastante adiantadas.
Ver todos os comentários | 0 |