Uma mulher identificada como Kamila Carvalho do Nascimento, de 22 anos, foi encontrada morta, com um disparo de arma de fogo na cabeça, na madrugada desta sexta-feira (20), dentro da casa onde morava com o marido e a filha de dois anos, no bairro Aeroporto, na zona norte de Teresina.
Em entrevista à imprensa, o delegado Barêtta, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que a Polícia Civil foi acionada para atender uma ocorrência de morte violenta, com suspeita de suicídio. No entanto, quando a equipe do DHPP chegou ao imóvel, se deparou com a vítima despida, dentro de um quarto, com uma pistola PT 380 próxima ao corpo, além de uma faca.
O marido, de inicicias E. M. da S., que é corretor de veículos, acionou um advogado e deixou a residência antes da chegada do DHPP. “O marido entrou em contato com o advogado para que ele avisasse à Polícia Militar [e depois foi embora da casa]. Ele disse que ela havia cometido suicídio, mas toda morte violenta nós tratamos como homicídio, até que se prove o contrário”, afirmou Barêtta à imprensa.
Ainda conforme o delegado, a mulher foi encontrada nua em um dos quartos do imóvel, segurando uma faca, mas os indícios apontam que ela foi morta com um disparo de arma de fogo na cabeça. “Essa senhora estava no quarto, completamente despida, caída próxima à cama com uma faca na mão e uma pistola [PT 380] caída ao lado. Encontraram também um estojo deflagrado e, segundo consta, há compatibilidade de disparo de arma de fogo, mas quem vai dizer são os peritos”, pontuou Barêtta.
Arma de fogo estava travada
Outro ponto que chamou atenção dos policiais é que a pistola PT 380, encontrada próxima ao corpo de Kamila Carvalho do Nascimento, estava travada. Em tese, se a vítima cometeu suicídio, a Polícia Civil, através da perícia, deverá esclarecer como Kamila, supostamente, atentou contra a própria vida e, depois, travou a arma. “Nós fizemos todo o levantamento do local e estamos aguardando as informações da perícia criminal, através dos laudos, mas a perícia é quem vai dizer toda essa dinâmica, aí que vamos saber se foi suicídio ou se ela foi morta”, frisou o delegado Barêtta.
Brigas com o marido
Segundo Barêtta, o pai da vítima relatou que, recentemente, a filha foi para a casa dos pais depois de contar que havia sido vítima de agressão física por parte do marido, no entanto, inicialmente não foi encontrado registro de ocorrência contra o marido. “O pai disse que recentemente teve que levá-la para casa dele, porque ela ligou pedindo ajuda, pois estava sendo agredida pelo marido, mas depois voltou para casa, pois já estavam bem”, disse.
O GP1 foi até a revendedora de veículos do marido de Kamila Carvalho do Nascimento, na manhã desta sexta-feira (20), mas a loja estava fechada. Ele também não foi localizado nos contatos da empresa.
O caso será investigado pelo Núcleo de Feminicídios do DHPP.
Ver todos os comentários | 0 |