Ministério Público denuncia grupo envolvido em conflito agrário no Piauí

O Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI), por meio da Promotoria Regional Agrária e Fundiária, denunciou cinco pessoas, pelos crimes de tentativa de homicídio, associação criminosa e porte ilegal de arma, delitos que teriam acontecido devido a conflitos agrários, no município de Bom Jesus, distante 632 km de Teresina. A denúncia foi assinada pelo promotor de Justiça Márcio Giorgi Carcará Rocha.

Na denúncia do órgão ministerial, no dia 26 de maio de 2021, os líderes da associação criminosa, de iniciais W. M.C. e M. M. tentaram matar, por motivo torpe e com impossibilidade de defesa, as vítimas de iniciais A. A. da S. e W. de A. P., na fazenda “Vista Alegre”, no munícipio de Alvorada do Gurguéia. O crime aconteceu no momento em que as vítimas transitavam na estrada rural que dava acesso à fazenda.

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Foto: Lucas Dias/GP1

Ministério Público do Estado do Piauí

Ainda na denúncia, o MP-PI destacou que os acusados invadiram a propriedade das vítimas, a fazenda “Vista Alegre”, iniciando um conflito agrário. Além disso M. M. já foi preso por roubo a carro-forte, na cidade de Elizeu Martins.

Associação criminosa

O promotor de Justiça ainda informou no documento da denúncia, que W. M. C. contratou três pessoas para exercer as funções de “seguranças” da fazenda. O identificados pelas iniciais D. P. S., P. A. da S. L. J. e também W. L.C. A., que portavam armas de fogo em desacordo com a regulamentação legal. Na situação, esses denunciados eram submetidos hierarquicamente a W.M.C., atuando na vigilância e na segurança para que o crime se perpetuasse.

Tentativa de homicídio contra delegado

O Ministério Público do Piauí ressaltou que um dos membro da associação criminosa atirou contra o delegado de polícia João Felipe Sampaio de Araújo Leite, quando este visitou o local em que ocorreram os conflitos agrários.

Denúncia do MP-PI solicita que acusados vão a Júri Popular

Ao final, o promotor Márcio Giorgi Carcará Rocha fez o requerimento de que os denunciados sejam submetidos ao Tribunal Popular do Júri. O Ministério Público também reiterou o pedido de prisão dos acusados de liderarem a associação criminosa, W. M. C. e M. M., que atualmente encontram-se foragidos da Justiça.