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Teresina - Piauí

Funcionário de bar sabia que seria morto, revela delegado Barêtta

Segundo Barêtta, Wesley Pereira já havia revelado a namorada que poderia ser morto naquela noite.

O diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta, afirmou em entrevista ao GP1 na manhã desta sexta-feira (08), que o funcionário do bar Mocambinho Bebidas, Wesley Pereira da Silva, 27 anos, já havia revelado a namorada, que é a proprietária do estabelecimento, que poderia ser morto naquela noite.

Segundo Barêtta, a vítima viu o executor minutos antes do crime próximo ao estabelecimento e reportou o caso à namorada. “Esse caso se deu por volta das 22h20, a vítima estava num bar onde trabalhava como atendente, onde indivíduos chegaram, um deles adentrou ao bar e efetuou os disparos. Eu imagino até que ele pudesse pensar que era um assalto, uma coisa parecida, mas não, o indivíduo foi lá para cometer um homicídio. Minutos antes ele tinha falado com a proprietária dizendo para ela que tinha um indivíduo nas imediações usando um telefone, fingindo que estava falando com uma pessoa e ele presumiu que poderia acontecer alguma coisa com ele”, revelou Barêtta.


Foto: Alef Leão/GP1Delegado Barêtta
Delegado Barêtta

O diretor do DHPP disse também que Wesley já tinha passagem pelo sistema penitenciário e que, inclusive, já havia sido baleado em uma das ações criminosas que cometeu. “Esse rapaz tinha uma vida no mundo do crime, ele foi baleado e preso durante um assalto na Avenida Maranhão, foi internado e autuado em flagrante. Depois passou um ano e pouco na Penitenciária de Altos e é esse ciclo vicioso que está sendo feito hoje, indivíduos que matam, que assaltam, que roubam, que traficam e que morrem”, frisou o delegado Barêtta.

Executor identificado

Barêtta garantiu que tanto o indivíduo que cometeu o crime, quanto as pessoas que deram cobertura foram identificados. “Nós já estamos com os indivíduos devidamente identificados. Nós já estamos com os autores daquele outro homicídio que aconteceu anteriormente, onde o rapaz estava no comércio dele e foi morto, devidamente identificados. Agora uma coisa é nós termos a identificação, outra coisa é a investigação mostrar todos os indícios necessários. O pior bandido tem o direito a ampla defesa e ao contraditório. Nós temos que formar, com certeza, todo o estado probatório para que o Ministério Público possa oferecer uma denúncia e o juiz segurar na instrução criminal, porque senão o sujeito chega na instrução criminal e se desfaz tudo”, ressaltou o delegado.

Câmera de segurança flagrou execução

Câmeras de segurança do bar Mocambinho Bebidas registraram o momento em que Wesley Pereira da Silva é executado com vários disparos de arma de fogo. O crime aconteceu na noite dessa quinta-feira (07), por volta de 22h30, na Rua Lourival Pereira da Silva, bairro Mocambinho, zona norte de Teresina.

Nas imagens é possível ver o momento em que o executor chega no estabelecimento apontando a arma para as pessoas que estavam sentadas em uma mesa do lado de fora.

Câmeras de segurança do bar Mocambinho Bebidas registraram o momento em que Wesley Pereira da Silva, 27 anos, é executado com vários disparos de arma de fogo. O crime aconteceu na noite dessa quinta-feira (07), por volta de 22h30, na Rua Lourival Pereira da Silva, bairro Mocambinho, zona norte de Teresina.

Posted by GP1 - O 1º Grande Portal de Notícias do Piauí on Friday, July 8, 2022

Logo em seguida, o criminoso se aproxima de Wesley Pereira da Silva e passa a efetuar vários disparos de arma de fogo contra ele. A vítima ainda levantou os braços, pensando que se tratava de um assalto, no entanto, foi atingida com pelo menos oito tiros e morreu ainda no local do crime.

Homicídios na zona norte de Teresina

Pelo menos seis homicídios foram registrados na zona norte de Teresina em menos de uma semana. Para o delegado Barêtta, essa onda de violência se deve ao ciclo criminoso em que essas pessoas estão inseridas.

Foto: Alef Leão/GP1Delegado Barêtta, diretor do DHPP
Delegado Barêtta, diretor do DHPP

“Você tem que verificar o ciclo dessas pessoas, a vulnerabilidade social em que estão inseridas essas pessoas. Será que a polícia não está trabalhando? Está trabalhando. Mas nós temos que ver o sistema criminal brasileiro composto pela polícia, pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público. Quem quer liberdade tem que tratar com liberdade, tem que respeitar a convivência e não praticar crime”, pontou o diretor do DHPP.

Foto: Alef Leão/GP1Barêtta
Barêtta

O diretor do DHPP afirmou ainda que já entrou em contato com o delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, solicitando ações preventivas em todo o estado do Piauí para dar uma maior sensação de segurança à população.

Foto: Alef Leão/GP1Francisco Costa, o Barêtta
Francisco Costa, o Barêtta

“Eu falei com o delegado geral no sentido de que a gente possa falar com o secretário de Segurança, o comando da PM e efetivar ações não só na zona norte, mas em Teresina e no restante do estado do Piauí como um todo, porque a população precisa de segurança e eu acredito que o nosso aparelho policial está dando, mas precisa também da ação da Justiça e do Ministério Público”, completou Barêtta.

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