Rogério Pimenta, preso na manhã desta quarta-feira (13) pela Gerência de Polícia Especializada no bairro Alto da Ressureição, na zona sudeste de Teresina, era o gerente da organização criminosa especializada em furto de contas bancárias.
Segundo o delegado Matheus Zanatta, gerente de Polícia Especializada, a estimativa é que a quadrilha tenha gerado um prejuízo de R$ 300 milhões. “Hoje fizemos a prisão desse indivíduo que era responsável por fazer a gerência da organização criminosa. Estima-se que houve o prejuízo de R$ 300 milhões”, revelou o delegado Zanatta.
O gerente de Polícia Especializada explicou ainda como foi iniciada a investigação e como a organização criminosa atuava. “Essa investigação iniciou-se no ano de 2019 pela Polícia Civil do Distrito Federal e verificou-se que uma grande organização criminosa com divisão de tarefas mandava links maliciosos para as vitimas fazendo o furto dos seus dados e informações bancárias e logo em seguida fazia operações bancárias utilizando-se dos dados dessas vítimas. As primeiras prisões foram feitas no Distrito Federal no final do mês de março e hoje conseguimos efetuar a prisão desse indivíduo”, explicou Zanatta.
Após a prisão, Rogério Pimenta foi encaminhado para a Central de Flagrantes de Teresina e na próxima semana será recambiado para o sistema prisional do Distrito Federal.
Entenda o caso
A Polícia Civil do Piauí, por meio da Gerência de Polícia Especializada, prendeu nas primeiras horas desta quarta-feira (13), o membro de uma organização criminosa especializada em furto de contas bancárias. Ele foi identificado como Rogério Pimenta e a prisão foi realizada no bairro Alto da Ressureição, zona sudeste de Teresina. A ação policial foi coordenada pelo delegado Matheus Zanatta, gerente de Polícia Especializada.
Rogério Pimenta é natural de Brasília, mas estava morando em Teresina junto com a esposa. O paradeiro dele foi descoberto após investigação realizada pela Polícia Civil do Piauí em parceria com a Polícia Civil do Distrito Federal.
A investigação teve início em 2019, quando a Polícia Civil do Distrito Federal efetuou a prisão de indivíduos que realizavam saques, transferências e conversão de moeda nacional em dólar em uma agência bancária. Descobriu-se que essas pessoas eram a base da pirâmide da organização, que emprestavam suas contas para serem beneficiadas com o dinheiro do furto. Em um segundo patamar, havia os recrutadores de conta bancária e, acima deles, os gerentes de operações.
O dinheiro dos furtos era transferido para contas dos beneficiários. Assim que os valores ingressavam nessas contas, os gerentes de operações transportavam os beneficiários até caixas eletrônicos e lá determinavam quais operações bancárias seriam realizadas. Por vezes, esses gerentes possuíam máquinas de cartões de crédito fantasmas para realizar compras simuladas nos cartões desses beneficiários.
Atuação
Um hacker dispara mensagens de texto de celular contendo links que, quando clicados, instalam um malware no aparelho da vítima. Confirmada a infecção, integrantes da organização criminosa realizam contato telefônico se passando por funcionários da instituição bancária a fim de que a vítima forneça autorizações e credenciais de segurança adicionais para a realização das transferências. O dinheiro é destinado de forma pulverizada para diversas outras contas de pessoas que as cedem para a organização.
Parte dos autores já foi condenada por organização criminosa, furto qualificado pela fraude, concurso de agentes e lavagem de dinheiro.
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