Professores da rede estadual de ensino fizeram uma manifestação contra a proposta de reajuste salarial do Governo do Estado do Piauí na manhã desta terça-feira (29), em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). A categoria está em greve desde o dia 23 de fevereiro.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Piauí (Sinte-PI), Paulina Almeida, a demanda dos professores é o reajuste de 33,24%, que foi oficializado pelo Governo Federal, em fevereiro deste ano.
“O governo insiste em desvalorizar nossa categoria. A proposta entregue ao governador, que foi aprovada em assembleia, é de 33,24% agora e os 17% que somam os anos de 2019 e 2020 nós aceitamos de forma parcelada. Já o projeto que está aqui na ALEPI é de apenas 4,17%, que é uma incorporação lá do ano de 2019. Os 10% que ele tanto fala é referente ao percentual que ele vai dar para todas as categorias. É um governo maléfico que não nos representa e que insiste em desvalorizar nossa categoria”, declarou a sindicalista.
Paulina Almeida afirmou que se a proposta do governo estadual for aprovada na assembleia, a categoria vai manter a greve por tempo indeterminado. “Se acontecer nós vamos manter a greve. Nós estamos firmes e fortes em todo o Piauí. A greve continua. A adesão é de 95% calculando todo o povo do estado. Então é uma greve coesa”, pontuou.
Entenda a proposta do Governo do Piauí
Segundo o Governo do Estado, todas as classes serão beneficiadas, sendo que o menor salário pago será de R$ 3.845,63 e o maior acima de R$ 7.000,00, garantindo pagamento piso para todas as classes e níveis.
Assim, somado ao reajuste proposto de 10%, será adicionado ao vencimento um aumento de 4,17%, referente a incorporação do auxílio alimentação, para todos os ativos e aposentados da categoria. A primeira classe A, nível I, sai de um salário de R$ 2.910,32 para R$ 3.845,63, reajuste de cerca de 32%. Para as demais classes, o reajuste soma 14, 58%.
Ver todos os comentários | 0 |