O diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa – DHPP – delegado Francisco Costa, o Barêtta, informou na manhã desta terça-feira, 1º de fevereiro, que as investigações acerca do assassinato de Marilene Pereira da Rocha, de 43 anos, estão bastante adiantadas, inclusive com o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do acusado, o ex-companheiro, o militar reformado, Pedro José de Oliveira.
Com a morte da vítima, ocorrida nessa segunda-feira, 31 de janeiro, o caso passa a ser tratado como homicídio, com a qualificadora de feminicídio.
De acordo com Barêtta, a delegada responsável pelo caso cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do acusado que, atualmente, encontra-se preso no presídio militar até que o processo seja transitado em julgado.
“Ele foi autuado no dia do crime, a delegada pediu a prisão preventiva e agora nós estamos com o crime de homicídio consumado, com a qualificadora de feminicídio. A delegada o interrogou no dia do auto de prisão em flagrante e ele alegou que a motivação foi uma briga por conta da pensão alimentícia em relação aos filhos. Então, a delegada Nayana já ouviu várias pessoas e, inclusive, ouviu o depoimento dos filhos, fez buscas na casa dele e agora vai concluir o inquérito com a qualificadora de feminicídio”, ressaltou.
O delegado lembrou que na data em que Marilene havia sofrido a tentativa de homicídio, outra mulher já havia sido morta em via pública na Capital. Ele chamou atenção para necessidade de cumprimento das leis, a fim de evitar que assassinos de mulheres continuem cometendo crimes.
“Onde está a efetividade da lei? Quantos matadores de mulher estão presos? Não tem nenhum, praticamente. É necessário ter o cumprimento e a efetividade da lei. Duas mulheres foram assassinadas uma em cima da outra. Covardemente, o acusado desfere várias facadas, o outro caso o cara atira contra mulher em via pública. Então, uma pessoa que era para defender a sociedade mata uma mulher?”, criticou o delegado.
Relembre o caso
Marilene Pereira da Rocha foi baleada com três tiros enquanto estava em uma bicicleta, na manhã da último quarta-feira, 26 de janeiro. O crime ocorreu no bairro Mocambinho, zona norte de Teresina.
O corpo da vítima foi encontrado, inicialmente, pela Guarda Civil Municipal, quando uma equipe estava em deslocamento e avistou uma mulher caída no chão, com marcas de tiros no rosto.
Vítima e o suspeito estavam separados há 11 anos e, desde 2017, Marilene Pereira tinha medida protetiva contra ele. Na época, ela denunciou que o ex-marido não lhe deixava em paz. Foi relatado por ela, no dia da denúncia, que durante o casamento sofria violência física e psicológica, como espancamentos, murros, tapas e ameaças de morte com arma de fogo.
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