O goleiro Edson chegou como um dos atletas mais experientes no elenco do River para a temporada 2023. Mas para além do campo e bola, o goleiro de 37 anos é também um exemplo de persistência. As dificuldades tiveram início em 2019, quando o goleiro – àquela época no ABC -, perdeu a mãe.
O atleta relembrou que a dor foi tamanha ao ponto de afetar seu desempenho em campo, em um momento em que a carreira do atleta estava em alta. Edson pediu para deixar o ABC, mas não foi liberado pela diretoria da Frasqueira e coube ao técnico Roberto Fernandes o apoio para aquele momento tão difícil.
‘Eu acho que problema que todos tem. Mas nos últimos três anos, para que quem me acompanha nas redes sociais, eu acabei até postando esses dias. Em 2019 eu perdi minha mãe para o câncer. Eu estava no ABC vivendo um momento muito bom e quando a ficha realmente caiu, que eu perdi a minha mãe, eu comecei a fazer jogos muito mal. Eu estava entrando em começo de depressão. Eu pedi para ir embora do ABC, não me liberaram. E eu tenho que ser grato ao Roberto Fernandes, treinador. Porque senão ele fosse talvez eu não estaria aqui hoje falando com vocês. Porque foi ele que que me levou para cima, me motivou. Porque se eu fosse embora eu acho que eu teria encerrado a minha carreira”, disse Edson.
A situação ficaria ainda mais grave em 2020, no meio da pandemia de covid-19. O filho de Edson, hoje com 14 anos, descobriu um Linfoma de Hodgkin, que segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) é uma “doença que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos e tecido que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzes essas células”.
“Em 2020, veio a pandemia um negócio mundialmente chato para todo mundo. Eu estava fazendo um trabalho de aprimoramento físico, eu estava levando o meu filho para a escola, que hoje está com quatorze anos, a gente acabou descobrindo um tumor. Eu tinha acabado de perder minha mãe para um câncer e receber a notícia que meu filho estava com tumor foi muito assustador para mim e para minha esposa. O tumor foi o mesmo que o Caio Ribeiro teve, linfoma de Hodgkin. Ele foi tratado, passou pelo tratamento um ano e três meses tratando, quando a gente pensou que estava tudo bem, mas voltou novamente. Agora no final do ano passado foi zerado o tratamento e hoje com a honra e com a graça de Deus eu posso dizer que meu filho está curado”, disse Edson.
Agora, Edson quer reconstruir mais um capitulo bonito na sua trajetória enquanto atleta. O goleiro vestirá a camisa do River na disputa do Campeonato Piauiense em 2023.
Ver todos os comentários | 0 |