A Polícia Civil do Estado do Piauí, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) e do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) cumpriu na manhã desta quinta-feira (01), um mandado de prisão preventiva no âmbito da "Operação Faker" contra o proprietário de um escritório de contabilidade identificado como Elinaldo Soares Silva. Esta é a terceira vez que ele é preso pela Polícia Civil.
Segundo o delegado Tales Gomes, do Greco, Elinaldo preso por conta do mandado de prisão preventiva e flagrante de posse irregular de arma de fogo com numeração suprimida, receptação qualificada de bem público, uso de documento falso e falsificação de documento público.
Um outro indivíduo, identificado como Antônio Marcos de Sousa Silva foi preso em flagrante com droga e munições.
Além das prisões, foram cumpridos ainda 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Agricolândia. Em Teresina, foram apreendidos sete carros, um jet ski e quatro motocicletas. Entre os veículos apreendidos estão: uma Chevrolet Tracker, um Corolla, uma S10, uma Montana, uma SW4 e duas Hilux.
Elinaldo Soares foi preso outras vezes
Elinaldo Soares Silva foi preso pela primeira vez em abril de 2019, durante uma ação do Greco, quando foram apreendidos mais de 100 documentos falsos, uma arma, veículos, e uma quantia de R$ 4.000,00. Nas diligências, também foi apontado que o filho dele também fazia uso de documento falso.
Já em abril de 2022, Elinaldo Soares foi preso pela segunda vez, acusado de usar documentação falsa para obter registro de arma de fogo. A fraude foi descoberta por servidores do Instituto de Identificação do Estado do Piauí, que acionaram a Polícia Civil e foi iniciada a investigação contra o acusado.
Ele foi solto um dia depois, após audiência de custódia.
Investigações
Segundo a Polícia Civil, a Operação Faker é resultado do desdobramento de trabalho do Greco feito em abril de 2019 contra o escritório de contabilidade de Elinaldo Soares Silva.
De posse de toda documentação apreendida, os policiais civis da Deccor continuaram os trabalhos e perceberam que havia uma forte organização criminosa atuando no Piauí e no Maranhão com fraudes documentais e lavagem de dinheiro, contando, para tanto, com potencial participação de cartórios, estabelecimentos bancários e outros entes.
A Polícia Civil constatou que várias pessoas e empresas fictícias eram criadas pelo grupo criminoso, quando para elas era transferido o passivo de várias empresas verdadeiras, muitas delas endividadas com bancos, com o fisco, além de outros delitos. A investigação mostrou que a partir dessas pessoas físicas e jurídicas falsas, o grupo conseguia movimentar quantias em dinheiro de forma dissimulada, com o objetivo de esconder seu patrimônio e causar prejuízo às reais vítimas.
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