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Polícia Civil deflagra operação e cumpre 16 mandados no Piauí

Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Teresina e Agricolândia.

A Polícia Civil do Estado do Piauí, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) e do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), deflagrou na manhã desta quinta-feira (01), a "Operação Faker", com objetivo de cumprir um mandado de prisão preventiva e mandados de busca e apreensão e sequestro patrimonial contra pessoas envolvidas em crimes de fraude documental, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Ao todo, 42 policiais civis da Deccor e do Greco estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e um mandado de prisão preventiva nas cidades de Teresina e Agricolândia.


A Justiça determinou ainda o sequestro patrimonial contra os bens dos alvos até o montante de R$ 28.253.726,45 (vinte e oito milhões, duzentos e cinquenta e três mil reais, setecentos e vinte e seis reais e quarenta e cinco centavos).

Investigação

Segundo a Polícia Civil, a operação é resultado do desdobramento de trabalho do Greco feito ainda em abril de 2019 contra um escritório de contabilidade de Teresina, quando vários documentos falsos, cartões bancários e carimbos foram lá apreendidos.

Na época, o proprietário do escritório, identificado como Elinaldo Soares Silva foi preso. Durante a ação, foram apreendidos mais de 100 documentos falsos, uma arma, veículos, e uma quantia de R$ 4.000,00. Nas diligências, também foi apontado que o filho dele também fazia uso de documento falso.

Foto: Divulgação/GrecoElinaldo Soares
Elinaldo Soares

De posse daquela documentação, os policiais civis da Deccor continuaram os trabalhos e perceberam que havia uma forte organização criminosa atuando no Piauí e no Maranhão com fraudes documentais e lavagem de dinheiro, contando, para tanto, com potencial participação de cartórios, estabelecimentos bancários e outros entes.

A Polícia Civil constatou que várias pessoas e empresas fictícias eram criadas pelo grupo criminoso, quando para elas era transferido o passivo de várias empresas verdadeiras, muitas delas endividadas com bancos, com o fisco, além de outros delitos. A investigação mostrou que a partir dessas pessoas físicas e jurídicas falsas, o grupo conseguia movimentar quantias em dinheiro de forma dissimulada, com o objetivo de esconder seu patrimônio e causar prejuízo às reais vítimas.

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