O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central do Brasil, nesta segunda-feira, (21), mostra como as falas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre o questionamento em torno das regras fiscais, impactou em uma piora das projeções para os principais indicadores econômicos. O cenário de incerteza reflete tanto nas projeções para o dólar quanto para a inflação e taxa Selic.
Após ficar inalterada por 16 semanas, a previsão para o dólar subiu a R$ 5,25 no final de 2022, contra R$ 5,20 na semana anterior. Para 2023, a previsão para a taxa de câmbio foi para R$ 5,24 no final de 2023, contra R$ 5,20 na semana anterior.
O documento divulgado pelo Banco Central também aponta uma revisão para a inflação do Brasil em 2022 e 2023. A pesquisa que consulta agentes do mercado financeiro prevê que o indicador encerre 2022 em 5,88%, frente aos 5,82% observados anteriormente, quarto aumento consecutivo. Para o próximo ano, a previsão foi de 4,94% para 5,01% da semana passada.
Além desses aumentos, o mercado também passou a ver uma taxa Selic terminal maior em 2023, de 11,50% após 10 semanas em 11,25%. Para este ano, o valor foi mantido em 13,75%.
O IPCA também obteve uma alta de 0,59% em outubro, com a influência do grupo de transportes, após passar os efeitos da desoneração de impostos sobre combustíveis.
O centro da meta oficial para a inflação para 2022, definido pelo Conselho Monetária Nacional (CMN), é de 3,5% para 2023, 3,25% e para 2024 é de 3% para 2025, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
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