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Teresina - Piauí

Mãe de criança morta em assalto no Ilhotas presta depoimento no DHPP

Dayane Gomes chegou ao Departamento de Homicídio por volta de 10h30 desta segunda-feira (14).

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Alef Leão/GP1 2 / 8 Dayane Gomes chegou acompanhada de outras pessoas Dayane Gomes chegou acompanhada de outras pessoas
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Alef Leão/GP1 5 / 8 Dayane Gomes, mãe de Débora, chega ao DHPP Dayane Gomes, mãe de Débora, chega ao DHPP
Alef Leão/GP1 6 / 8 Mãe da menina Débora foi ao DHPP prestar depoimento Mãe da menina Débora foi ao DHPP prestar depoimento
Alef Leão/GP1 7 / 8 Mãe da pequena Débora foi ao DHPP Mãe da pequena Débora foi ao DHPP
Alef Leão/GP1 8 / 8 Mãe da pequena Debora entrando no DHPP Mãe da pequena Debora entrando no DHPP

Dayane Gomes, mãe da pequena Débora Vitória Gomes Soares Batista, de apenas 6 anos, que foi assassinada durante um assalto na porta de casa, na noite da última sexta-feira (11), no bairro Ilhotas, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (14), no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

A mãe de Débora Vitória chegou ao Departamento de Homicídio por volta de 10h30, mas não quis falar com a imprensa. O depoimento durou cerca de 45 min.


Outras pessoas que presenciaram o assassinato de Débora Vitória também devem ser ouvidas ainda esta semana, entre elas o policial militar acusado por Dayane Gomes de ser o responsável por efetuar o disparo que matou a menina.

O crime

A pequena Débora morreu e sua mãe ficou ferida após as duas serem baleadas durante um assalto na noite dessa sexta-feira (11). Segundo as informações repassadas ao GP1 pela Guarda Civil Municipal, o crime ocorreu no momento em que mãe e filha chegavam em casa em uma motocicleta, quando foram abordadas por dois criminosos.

Um policial ainda não identificado reagiu a investida dos criminosos e então, iniciou-se uma troca de tiros com os assaltantes. Em meio ao tiroteio, é que mãe e filha foram baleadas.

Um vizinho levou as duas ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), no entanto, a criança acabou não resistindo e já chegou sem vida na unidade de saúde.

Prisão dos acusados

Na mesma noite em que ocorreu o fato, os dois criminosos envolvidos foram presos pela Força Tarefa da Secretaria de Segurança Pública, por volta das 21h. Mais tarde, às 22h30 o segundo envolvido no latrocínio, o homem identificado apenas como Clemilton, foi preso na mesma área onde ocorreu o assassinato da criança, após intensa buscas policiais que duraram cerca de 3 horas e meia.

Mãe da criança afirma que policial matou sua filha

Nesse domingo (13), Dayane Gomes quebrou o silêncio sobre o ocorrido e, durante uma entrevista exclusiva com o GP1, afirmou que o tiro que matou sua filha saiu da arma de um tenente da Polícia Militar do Piauí, vizinho da família, que presenciou o assalto e reagiu contra os bandidos.

“O assaltante disse assim, quando ele viu que [o policial] estava com a arma, ‘não atira que eu não vou atirar’ e ele [policial] já veio atirando. Na hora que ele atirou, o primeiro tiro pegou na minha filha. A bala saiu da arma dele [do policial], eu pedi pelo amor de Deus para ele não atirar e ele atirou novamente. Ele atirou por três vezes na gente. O primeiro tiro foi dele, pegou nas costelas da minha filha e atravessou para o outro lado”, explicou a mãe.

A mãe da menina de 6 anos assassinada revelou ainda que policial, que é vizinho dela, bebe frequentemente e que durante o episódio fatídico ele estava bêbado. “Ele bebe todos os dias na porta, ele fica com a arma na cintura todo o tempo. Ele poderia muito bem ter esperado o bandido sair porque ele ia passar por ele, mas ele quis vir se mostrar. Acho que ele queira sair como um herói e acabou matando minha filha”, declarou Dayane Gomes.

Dayane ainda contou que após entrar na sua casa, com a filha baleada, o tiroteio continuou entre os dois e que logo em seguida seu vizinho entrou desnorteado, momento em que ela o acusou de ter matado a filha. “Eu desci da moto, mesmo atingida, porque quando ele começou a atirar o bandido atirou também. A bala do bandido pegou em mim. Depois que começou a atirar, eu entrei correndo para dento de casa e sentei no sofá com ela sangrando, derramando muito sangue. Quando parou o tiroteio ele entrou em casa e eu disse ‘foi tu maldito que matou minha filha’ e ele só fez virar as costas para mim e saiu correndo. Só isso”, disse.

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