Na manhã desta segunda-feira (24), o prefeito de Teresina Dr. Pessoa (Republicanos), assinou o decreto que regulamenta o Programa de Erradicação da Pobreza Menstrual nas escolas da rede pública de Teresina. O evento aconteceu na Escola Municipal Jornalista João Emílio Falcão, no bairro Santo Antônio, zona Sul da capital. A partir de agora, as escolas passarão a fornecer absorventes higiênicos a alunas.
“Uma parte da saúde que é preventiva. A menstruação pode começar entre nove e dezesseis anos. Um período para que venha a menarca. Então, essas crianças, essas jovens que tem vulnerabilidade social, socioeconômica, como disse aqui o secretário de Educação do município de Teresina, o professor Nouga Cardoso, nós estamos as educando. Educação não é só aprender ler e escrever. A educação tem uma amplitude maior, desde a convivência com as pessoas, com o meio ambiente, dentro da escola, fora da escola, com as famílias, com as mães, a sociedade de um modo geral”, afirmou o prefeito da capital.
O programa é voltado a estudantes matriculadas nas escolas de Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA) e busca combater a pobreza menstrual por meio do fornecimento de absorventes higiênicos para estudantes do sexo feminino. Além disso, também há a promoção da saúde e o enfrentamento da exclusão escolar, mediante o combate à precariedade menstrual.
A diretora da escola municipal, Socorro Silva, reafirmou a importância desse posicionamento socioeducativo dentro do ensino dessas meninas, pois é um processo de inclusão e promoção de saúde a elas.
“A gente sabe a questão da vulnerabilidade social das nossas crianças, né? Você imagina um período tão delicado da mulher quando você passa da fase da criança para a adolescência. Esse projeto vem comunicar exatamente essa situação, a questão das vulnerabilidades sociais com as nossas meninas. A gente fica muito feliz da Escola Jornalista ser o ponta pé inicial desse projeto, porque eu acredito ser uma forma de dar dignidade a essas crianças e adolescentes”, pontuou Socorro Silva.
Por fim, a diretora também divulgou que ao total são 328 meninas envolvidas no projeto e a forma que a escola lida com a conscientização desse grupo sobre a saúde feminina.
“No momento serão 328 adolescentes, que é a faixa etária que a gente tem de nove a 15 anos que serão atendidas com esse projeto. A escola sempre faz palestra nesse sentido, até porque muitas crianças não tem esse momento com as famílias, tem muitas crianças com vulnerabilidade social. Então, na escola a gente já faz essa parceria, a gente já tem esse trabalho de palestra e de orientações, não só nas aulas”, concluiu a diretora.
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