O secretário estadual de meio ambiente e recursos hídricos do Piauí, Daniel Marçal, concedeu entrevista para a imprensa na manhã desta quarta-feira (12) e falou sobre a suspensão das atividades turísticas no Parque Ambiental dos Cânions do Poti, em Castelo do Piauí.
Daniel Marçal explicou que será feito um trabalho de inspeção em toda a área para se avaliar as condições de uso, incluindo um diagnóstico da formação dos paredões rochosos do Vale do Rio Poti, que possui características semelhantes ao Lago de Furnas, em Capitólio-MG, onde um deslizamento de rochas deixou dez pessoas mortas no último dia 8.
“O parque dos Cânions do Poti é um parque ambiental estadual, no qual existem regramentos para o seu uso e a SEMAR, em caráter preventivo e até referente a um planejamento de diagnóstico que é feito nessas áreas, fará um trabalho de inspeção em toda o parque, para se avaliar todos os recursos ambientais dessa área, as condições de uso, incluindo também a formação dos paredões rochosos. Vai ser uma vistoria feita sob coordenação da SEMAR com outros órgãos especialistas na área, o CPRM, o IDEPI e o Corpo de Bombeiros também. Vai ser feita toda essa inspeção e gerado um relatório da inspeção”, relatou.
De acordo com o secretário, a suspensão das atividades turísticas no local se dará até a conclusão de todas essas ações de vistoria e entrega de relatórios sobre as condições do parque. “A visitação no parque está suspensa para que se faça esse trabalho preventivo e se tenha cada vez mais uma segurança para o uso racional daquele espaço, que é uma unidade de conservação. É um parque ambiental e o seu uso deve ser feito dessa forma, com regramentos, respeitando e conservando o meio ambiente”, destacou.
Tragédia em Capitólio
O secretário ainda comentou que a tragédia registrada em Capitólio, Minas Gerais, no último dia 8, ligou um alerta para todas as regiões que possuem características semelhantes.
“Foi uma tragédia sem precedentes e serve sempre de alerta para regiões que possuem características similares. Deixando claro que não existem riscos iminentes ou a estrutura lá contém abalos ou avarias que se exija um trabalho mais emergencial, mas é um trabalho em caráter preventivo e é claro, serve sim de alerta para que sempre seja feito um trabalho diagnóstico e o uso do parque seja feito de forma racional e mais seguro possível”, finalizou.
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