O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa – DHPP – intensificou as buscas para chegar até o segundo suspeito do latrocínio contra o sargento Tadeus Ferreira de Sousa, morto durante um assalto no bairro São Pedro, há cerca de dois meses. Nessa segunda-feira (27), um dos alvos, Renato Patrick da Costa Oliveira, foi preso durante o velório de um amigo, que foi assassinado na Vila Irmã Dulce.
Em entrevista ao GP1, o delegado Luiz Guilherme pontuou que após um trabalho de investigação, os policiais descobriram que Renato Patrick havia ido ao velório de Alisson Mateus Ferreira, vulgo Mateuzinho, e ao chegarem ao local cumpriram o mandado de prisão em desfavor do acusado de matar o PM.
“O investigado que foi preso é amigo do Alisson Mateus, então, na verdade, foi um trabalho de informação de que ele estaria naquele local. A gente sabia que os dois tinham uma amizade, possivelmente ele estaria no local e, após confirmação, foi feita a incursão no local, no intuito de achá-lo e fazer a prisão”, explicou.
O delegado relatou que a participação de Renato Patrick está devidamente comprovada, restando apenas chegar ao segundo acusado, que o ajudou na execução do assalto, ocasionando a morte do sargento da Polícia Militar do Piauí.
“O que eu posso falar, a priori, é que o envolvimento do indivíduo preso está caracterizado e devidamente provado, com relação à dinâmica eu prefiro falar posteriormente, porque ainda está faltando um segundo elemento a ser detido e a polícia está trabalhando nesse sentido, desde que foi feita a prisão do primeiro”, ressaltou.
Pistola e colete ainda não foram recuperados
O delegado confirmou a informação de que os dois acusados abordaram a vítima para tomar a arma de fogo, objeto bastante importante para manter o poder de membros de facções.
“Houve a subtração tanto na bolsa, além de outros pertences pessoais, a arma funcional e o colete balístico. Esse material está sendo objeto de investigação com intuito de ser recuperado. Nós sabemos que existe uma divisão territorial na qual facções criminosas querem ter o poder, então a arma é um objeto que tem profundo interesse por eles, até para poder usar contra seus desafetos. Então, a arma para um indivíduo que faz parte de facção é um objeto de grande interesse, foi exatamente essa a intenção do latrocínio”, acrescentou o delegado Luiz Guilherme.
Embora tenha negado participação no latrocínio, os investigadores do DHPP possuem provas suficientes para não retirarem Renato Patrick da Costa Oliveira da cena do crime, inclusive, com imagens que constam no bojo do inquérito policial. “Ele, como já é conhecido da polícia, a gente já tem o perfil e como esperado ele negou a participação”, finalizou.
Relembre o caso
No dia 11 de maio deste ano, o sargento Tadeus Ferreira estava chegando do serviço, por volta de 6h, quando foi abordado por dois suspeitos em uma motocicleta na calçada de casa, na Rua Piripiri, no bairro São Pedro, zona sul de Teresina. A PM acredita que os criminosos abordaram a vítima e já foram efetuando os disparos contra o policial, que estava fardado e foi atingido com três tiros, um em cada braço e outro na lateral esquerda das costas.
“Ele estava chegando em casa, vindo do serviço, quando foi perseguido por dois indivíduos em uma motocicleta 160 cilindradas. Os indivíduos o alvejaram, subtraíram a mochila, a pistola e se evadiram do local. As pessoas que aqui estavam disseram que não houve verbalização por parte dos delinquentes e nem por parte da vítima. Ele mora exatamente no local da ocorrência, na calçada da casa dele. Ele estava a pé, porque provavelmente veio de carona e quando estava adentrando a casa foi alvejado”, relatou o capitão Mábio Cardoso, do 1º Batalhão de Polícia Militar do Piauí na época do crime.
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