Documento obtido pelo GP1 aponta que Willame José da Silva, acusado de matar a própria mãe em Teresina nessa segunda-feira (28), não sofre de insanidade mental. Trata-se de um laudo da junta médica pericial da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), com data de 12 de maio deste ano.
O documento foi emitido após Willame José ser preso, no ano de 2005, acusado de estuprar a enteada, uma criança de 8 anos. Passados 14 anos desde a data do crime, a Defensoria Pública do Estado do Piauí pediu a instauração de processo de insanidade mental, sustentando que durante realização da audiência de instrução e julgamento notou-se comportamento indicativo de que o réu não possuía plena integridade mental, fazendo-se necessário submetê-lo a exame médico-legal.
No entanto, restou comprovado, diante da junta médica pericial da Sesapi, que na época dos fatos descritos Willame José de Sousa “entedia perfeitamente o caráter dos seus atos e determinando-se de acordo com esse entendimento, inclusive o analisado, confirma os fatos da denúncia, portanto, imputável”, diz trecho da conclusão psiquiátrico-forense.
Ainda conforme o documento, embora fazendo uso de medicação psicotrópica (diazepan5mg/noite e clorpromazina 50mg/noite) o acusado não possui doença mental e, atualmente, está apto ao exercício das atividades civis.
Assassinato
Na noite dessa segunda-feira (28), Willame José da Silva, 39 anos, foi preso sob acusação de ter assassinado a própria mãe, Maria das Graças Pereira da Silva, de 71 anos, com várias pedradas na cabeça da idosa, dentro de casa.
Logo após o crime, ele empreendeu fuga para um supermercado que fica na região onde ocorreu o fato e foi capturado por populares, que ainda tentaram linchá-lo, mas foram impedidos pela Polícia Militar do Piauí. Willame José foi preso em flagrante.
Prisão preventiva
Nas primeiras horas desta terça (29) a Defensoria Pública protocolou pedido de liberdade provisória do acusado, o que foi negado pelo juiz Markus Calado Schultz, da Central de Inquéritos de Teresina, que converteu em preventiva a prisão de Willame José.
“Após passar em revista pelo apontamento criminal instaurado em desfavor do autuado Willame José da Silva, bem como pelas declarações de sua irmã C. M. J. S, é possível concluir que a liberdade do autuado expõe a risco a ordem pública, diante do risco concreto de reiteração delitiva”, declarou o magistrado.
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