Brunno Suênio
Jeyson Moraes
Em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (03), o delegado Robert Lavor, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que o jovem João Pedro Rocha Coelho, de 19 anos, encontrado morto nesta quarta-feira (02), no Rio Poti, na zona norte de Teresina, pode ter sido jogado dentro do rio ainda com vida. O jovem estava desaparecido desde domingo (31).
“Durante a tarde de ontem a gente foi procurado por familiares de um indivíduo por nome de João Pedro, que estava desaparecido e, ao que parece, eles fizeram o reconhecimento, apesar de que o corpo já estava em uma situação complicada para reconhecimento, mas pelas vestes e tatuagens eles afirmaram que se tratava desse ente familiar que estava desaparecido”, pontou.
O delegado explicou que foram encontradas duas pedras amarradas junto ao corpo do jovem, que podem ter sido utilizadas na tentativa de que não restasse nenhuma possibilidade de sobrevivência.
“Em relação especificamente ao trabalho do perito, o que a gente pode perceber é que havia uma lesão na região das costas, por projétil de arma de fogo, e junto ao corpo estavam amarradas uma ou duas pedras. Então coube ser feito o exame cadavérico pelo médico legista e nos próximos dias o delegado Vilela vai receber esse laudo, justamente, definindo a causa mortis, se foi só o projétil de arma de fogo ou o fato de ele ter sido jogado ao rio e junto ao corpo presas pedras que dificultaram qualquer tipo de sobrevivência. Por isso é que só o exame cadavérico detalhado é que vai determinar quais as lesões e qual o tipo de ação que resultou na morte dele”, ampliou.
Entenda o caso
O jovem João Pedro Rocha Coelho desapareceu na noite do último domingo, 31 de maio, depois de ter sido pego por suspeitos no bairro Mocambinho I, zona norte de Teresina.
De acordo com familiares da vítima, ele havia saído de casa com um colega em uma motocicleta, afirmando que iria para o Mocambinho, no entanto, ao chegar ao local ele acabou sendo interceptado. O parceiro dele conseguiu escapar, mas ele acabou não tendo a mesma sorte.
Logo em seguida, vários vídeos passaram a circular nas redes sociais. Os suspeitos fizeram questão de mostrar a vítima sendo agredida e ao tempo todo questionada sobre qual facção ela fazia parte. Já na terça-feira, depois de várias denúncias, a Polícia Militar passou a fazer buscas às margens do Rio Poti, na região do Mocambinho I, e já na manhã da quarta-feira (02), o corpo dele foi encontrado boiando no meio do rio.
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