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Teresina - Piauí

Enfermeiros fazem carreata em Teresina para reivindicar melhores salários

Os profissionais pedem a aprovação do novo piso salarial e regulamentação da jornada de trabalho.

Lucas Dias/GP1 1 / 9 Deputado Estadual Marden Menezes Deputado Estadual Marden Menezes
Lucas Dias/GP1 2 / 9 Antônio neto, Presidente do Coren Antônio neto, Presidente do Coren
Renato Rodrigues/GP1 3 / 9 Maria de Jesus, técnica de Enfermagem há 31 anos. Maria de Jesus, técnica de Enfermagem há 31 anos.
Lucas Dias/GP1 4 / 9 Trabalhadores da saúde protestam por melhorias Trabalhadores da saúde protestam por melhorias
Lucas Dias/GP1 5 / 9 Trabalhadores da área da saúde discursando na manifestação Trabalhadores da área da saúde discursando na manifestação
Lucas Dias/GP1 6 / 9 Trabalhadoras da área da saúde Trabalhadoras da área da saúde
Lucas Dias/GP1 7 / 9 Trabalhadora protestando por melhorias Trabalhadora protestando por melhorias
Lucas Dias/GP1 8 / 9 O protesto aconteceu na Avenida Marechal O protesto aconteceu na Avenida Marechal
Lucas Dias/GP1 9 / 9 Manifestação dos trabalhadores da saúde em frente a ALEPI Manifestação dos trabalhadores da saúde em frente a ALEPI

Profissionais de enfermagem realizam uma carreata com mais de cem veículos, na manhã desta quarta-feira (12) em Teresina, reivindicando melhorias para a categoria. Os veículos se concentraram por volta das 8h em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e percorrem as principais vias da Capital.

A ação ocorre no dia em que se celebra o Dia Internacional da Enfermagem. Os profissionais pedem a aprovação do novo piso salarial para toda a categoria, que prevê R$ 7.315,00 para enfermeiros, R$ 5.120,00 para técnicos e R$ 3.657 para auxiliares.


O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Erick Riccely, afirmou que o ato está acontecendo simultaneamente em vários municípios e capitais em todo o país. Eles pedem ainda a regulamentação da jornada de trabalho. O evento conta com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Piauí (OAB-PI), e demais sindicatos.

“Esse ato está acontecendo simultaneamente em vários municípios e capitais do Brasil, no Piauí participa nesse momento Amarante, Parnaíba, Monte Alegre, Floriano, Parnaguá dentre outras cidades. Nós queremos chamar atenção pelo fato de ser a única categoria que não tem essa jornada regulamentada. Medicina já possui para 20h semanais, fisioterapia, nutrição, serviço social, psicologia 30h e a enfermagem não tem limite. É uma categoria que acorda para trabalhar, chega em casa dorme para tentar descansar para no outro dia novamente estar em uma jornada extenuante de trabalho. Nós queremos respeito, valorização”, afirmou.

Antônio Neto, presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI), ressaltou que hoje há 41 mil profissionais inscritos no estado sem uma jornada de trabalho regulamentada. “Somos uma categoria hoje que não tem um piso salarial, com uma média salaria de 1 salário e continuamos nos arriscando. Nós representamos 60% dos profissionais da saúde, nós que estamos ali na linha de frente, que estamos cuidando de forma cientifica. Já temos em torno de 700 profissionais que contraíram a covid-19 e 25 já foram óbitos. É um número alto. É importante frisar que somos os profissionais que são responsáveis pelo gerenciamento, armazenamento e administração das doses”, afirmou.

Em 31 anos de trabalho em Unidades de Terapia Intensiva, dona Maria de Jesus relata que apesar de uma categoria numerosa, a enfermagem ainda é muito desvalorizada. “Nós precisamos acordar, para valorização da categoria. Essa regulamentação é necessária para que nossos direitos entrem em prática. Eu sou funcionária do estado, da prefeitura, já trabalhei também em empresas privadas. Trabalhamos 24 horas chega até 36 horas”, desabafa.

O deputado estadual Marden Menezes (PSDB-PI) afirmou que foi apresentada uma proposta na Assembleia Legislativa para estabelecer o novo piso salarial aos profissionais de enfermagem do estado. Disse ainda que deverá ser realizada uma audiência pública para ouvir a categoria.

“Eu estou aqui de mãos dadas de verdade, não só no discurso, com os enfermeiros, auxiliares, técnicos de enfermagem e parteiras do Piauí. Essa categoria é uma das mais importantes dentro do SUS, são os carregadores de piano, trabalham demais e na pandemia mostraram ainda mais o seu valor e a sua importância. Infelizmente, na prática, eles não são reconhecidos, os salários dessas categorias são muito defasados em relação a importância do trabalho que exercem e às dificuldades que eles têm no dia a dia. Apresentamos uma proposta a nível de Piauí para estabelecer um piso salarial digno dessas categorias, requeremos uma audiência pública para que as categorias possam falar aqui na Alepi, trazendo suas reivindicações, seus pedidos, para que esse movimento ganhe corpo”, afirmou o deputado.

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