Ivan Freire, filho de um juiz, que foi preso nesta sexta-feira (09) acusado de tráfico de drogas em Piripiri, produzia os entorpecentes na casa em que morava com a avó de 90 anos. No momento de sua prisão, a idosa estava na residência.
As informações foram repassadas pelo delegado Eduardo Aquino, da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE), responsável pela operação que culminou com a prisão. Em entrevista ao GP1, ele revelou que a polícia chegou até o filho do juiz após denúncia anônima.
“Os locais que ele escolhia para fazer a produção e armazenação desse material é no Centro, em uma avenida totalmente movimentada, em duas residências que pertencem a ele, uma do lado da outra”, afirmou o delegado.
Eduardo Aquino explicou a equipe da DEPRE chegou no início da manhã de hoje no endereço do acusado e ficou por horas em campana do lado de fora da casa esperando ele sair, para poupar a avó, que tem idade avançada. Ele foi preso por volta do meio-dia.
“Ele estava produzindo [as drogas] na residência em que mora com a avó, uma senhora de 90 anos. Eu já tinha conhecimento dessa idosa, por isso fizemos horas de campana, chegamos cedo, esperamos o acusado sair de casa para que quando ele saísse a gente o pegasse na rua. Pegamos ele por volta do meio-dia, resolvemos bater na porta e quando ele saiu nós seguramos e efetuamos a prisão, justamente para preservar essa idosa de 90 anos que estava na residência e morava com ele”, relatou o delegado.
Prisão
De acordo com a DEPRE, Ivan Freire possui conhecimento para a produção do entorpecente em alto padrão, contando com todos os materiais necessários. “No local, ele cultivava a super maconha, depois ele embalava e tinha uma estufa, tudo em alto padrão. A super maconha é uma droga de alto poder aquisitivo que chega a ser vendido por R$ 150 o grama e também apreendemos R$ 37 mil em dinheiro vivo. No laboratório detectamos ainda que era produzido haxixe”, disse o delegado Eduardo Aquino.
Organização criminosa
O filho do juiz é apontado como integrante de uma quadrilha responsável pela importação e distribuição do entorpecente entre municípios do Norte do estado. “Nós identificamos um grupo criminoso, responsável por importação, distribuição e até fabricação de drogas sintéticas. Nós tínhamos informações de que homem, que é o alvo, tinha conhecimento técnico para a produção de drogas sintéticas, que é a super maconha em estufa. Então nós entramos na residência com mandado de busca e por lá confirmamos a existência desse material”, ressaltou Eduardo Aquino.
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