Amanda Bonfim
A Superintendência das Ações Descentralizadas Leste (SAAD-Leste) vai regularizar o comércio ambulante em alguns pontos da zona leste de Teresina. Com a pandemia da covid-19 uma severa crise econômica foi desenvolvida e muitas pessoas foram buscar o sustento das famílias no comércio informal, entretanto com essa informalidade, os produtos são vendidos de forma irregular, sem autorização legal em obedecer os protocolos mínimos exigidos pelo setor de fiscalização do órgão.
O gerente de controle e fiscalização da SAAD-Leste, Francisco Brandão, explicou que, alguns ambulantes, transformaram pontos da cidade em verdadeiros minimercados, descarregando caminhões e sem tomar cuidado com a disseminação da covid-19. Ele explicou que está sendo desenvolvido o projeto “Espaço Gourmet” e também o de mobília urbana, para a padronização dos pontos de vendas na cidade.
“No bairro Morada do Sol, temos um ponto de vendas, de muita circulação, onde os vendedores chegam a despejar um caminhão de frutas na calçada da praça, transformando pontos da cidade em verdadeiros minimercados. Por isso, em breve teremos os projetos ¨Espaço Gourmet¨ e a mobília urbana que serão essenciais para realocar esses vendedores de forma organizadas”, contou o gerente.
Brandão ainda mostra preocupação e ressalta a importância dos projetos que ajudarão os trabalhadores. “Vários ambulantes de vendas de frutas e água de coco, que não estão autorizados por lei estão ultrapassando os limites espaciais do comércio informal. Não estão oferecendo dispositivos importantes como por exemplo, higienização das mãos, atendimento de um cliente por vez e uso obrigatório de máscara”, relatou.
Ainda segundo Brandão, os vendedores cadastrados serão orientados a ter uma postura similar ao de outros comerciantes, como uso de máscara e álcool em gel, entrega de alimentos limpos e higienizados, evitar aglomerações. “Aqueles que, mesmo depois de regularizados, continuarem a descumprir os protocolos após notificação, podem ter licença cassada e receberem multa”, concluiu.
Ponte Estaiada
Outro ponto citado pelo gerente é a região da Ponte Estaiada, onde há uma série de medidas à serem cumpridas de ordem sanitária, pois com a venda de bebidas alcoólicas, o mau cheiro e aglomerações em situação de conflito tem gerado problemas.
“Flagramos ambulantes comercializando bebidas alcoólicas nas proximidades da ponte Estaiada, assando carne, espetinhos, gerando com isso, muita sujeira na região. Não há banheiros, porque é um espaço público para treino e passeio, não adaptado para pequenos bares. Muitos até urinam no chão e deixam um odor forte no local”, ressaltou.
“Estamos tentando corrigir isso de uma forma bem branda e equilibrada, tendo ciência de que, embora estes vendedores estejam irregulares, são trabalhadores em busca do sustento da família e não serão prejudicados”, disse Brandão.
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