O juiz de direito Arilton Rosal Falcão Júnior, da Vara Única da Comarca de Esperantina, decretou a prisão preventiva de Jailson de Sousa Xavier acusado de matar o vereador Antônio Aristides de Carvalho, o “Tote Aristides”, em 2016. O magistrado decretou a prisão de Jailson, na terça-feira (02), por descumprimento das condições impostas ao acusado, quando da concessão de sua liberdade provisória.
Jailson solicitou autorização para se ausentar da comarca para trabalhar na empresa Fortes Engenharia Ltda, com endereço em Indianópolis, Minas Gerais com vistas a buscar ocupação para sustento próprio indicando o endereço onde irá residir.
Após autorização, Jailson mudou-se de endereço com comunicação prévia em juízo. No entanto, ele não foi encontrado, no dia 8 de janeiro, no referido endereço para ser intimado acerca dos atos processuais, motivo pelo qual o Ministério Público do Estado requereu a decretação prisão preventiva do réu.
O juiz destacou na decisão que as informações apresentadas no pedido do Ministério Público “dão total substância para a decretação de prisão preventiva do acusado, tendo em vista o flagrante desrespeito às medidas cautelares diversas da prisão impostas por este Juízo”.
“Diante do exposto, defiro requerimento do representante do Ministério Público para decretar a prisão preventiva do acusado Jailson de Sousa Xavier, qualificado nos autos, haja vista que este violou as medidas cautelares diversas da prisão, estando presentes os requisitos necessários à decretação da prisão cautelar”, decidiu o magistrado.
Relembre o caso
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, no dia 28 de agosto de 2016, por volta de 18h00min, o acusado, Jailson de Sousa Xavier, vulgo "Chapéu", chegou à residência de seu irmão (Antônio Gil Sousa Xavier) à procura de sua esposa, Maria Alice Carvalho Santos. Na ocasião, Jailson teria ameaçado sua companheira de morte, tendo dito "mulher vai pra casa pra tu morrer lá".
Após a ameaça, Jailson passou a agredir sua esposa/companheira. De modo a fazer com que as agressões cessassem, o irmão do acusado, Antônio Gil, intercedeu na situação, que só foi resolvida com a chegada do pai de Jailson e Gil, Pedro Luiz Cirino Xavier.
Após breve conversa com o pai, bem como inconformado com a situação (terem feito cessar as agressões em relação a sua companheira), Jailson dirigiu-se até sua residência, onde se armou com um revólver. Com a confusão gerada na casa do irmão do denunciado, Maria Esperança (companheira do irmão do denunciado) começou a passar mal, chegando a desmaiar.
Antônio Aristides de Carvalho, presidente da Câmara de Esperantina à epoca, encontrava-se na casa de sua ex-nora, Iolanda, indo posteriormente até a casa de Antônio Gil de modo a prestar assistência a Maria Esperança, que já tinha recobrado os sentidos e dispensado a necessidade de ida até o hospital. Na oportunidade, o vereador colocou-se à disposição para caso precisassem de ajuda.
Ademais, Maria Alice teria acompanhado o vereador até o portão, quando visualizou Jailson, descendo a rua em sua moto, tendo, então, tentado fechar rapidamente o portão, prevendo que o acusado atentaria contra sua vida. Ao ensejo deste contato, o denunciado, com vontade livre e consciente, efetuou quatro disparos de revólver, tendo um dos disparos atingido o vereador em seu peito esquerdo, ocasionando a sua morte.
Jailson empreendeu fuga em uma van com destino a Teresina e, no início do trajeto, jogou a arma do crime no rio. Foragido, o denunciado foi preso em 13/10/2016, na cidade de Redenção do Gurguéia.
Ver todos os comentários | 0 |