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Teresina - Piauí

“Querem me colocar na parede", diz prefeito Dr. Pessoa sobre Setut

Ainda segundo o prefeito, a culpa pelo não avanço das negociações para o fim da greve dos motoristas e cobradores de ônibus é do Setut.

Sem acordo, os motoristas e cobradores de ônibus estão há 19 dias em greve na cidade de Teresina. Eles reivindicam pagamento de salário, ticket alimentação e melhores condições de trabalho para a categoria.

Em entrevista ao GP1, nesta sexta-feira (26), o prefeito Dr. Pessoa culpou o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) pelo não avanço nas negociações e afirmou que os empresários "querem me colocar na parede".


Foto: Lucas Dias/GP1Dr. Pessoa
Dr. Pessoa

“O não avanço dessa conversação entre prefeitura, cobradores e empresários é de responsabilidade dos empresários, eu já conversei duas vezes, mas não avança porque é uma coisa crônica, eles vinham viciados de administrações anteriores e agora é uma nova administração”, afirmou o gestor.

“Eles [empresários] estão querendo confronto, eu quero diálogo, mas já que eles querem confronto nós vamos partir para a resolutividade, ou seja, estamos dando 90 dias se isso não fluir nós vamos começar a ter o transporte coletivo municipalizado”, alertou o prefeito.

Dr. Pessoa reafirmou a proposta de parcelar a dívida com o Setut em 24 vezes. “Isso foi um avanço do lado da prefeitura, o prefeito anterior deixou uma dívida não republicana, mas mesmo assim nós vamos assumir essa dívida. Nós chamamos os empresários para dividir essa dívida, em torno de R$ 25 milhões, mas nós propomos pagar R$ 1 milhão por mês e eles estão irredutíveis”, declarou.

“Eles querem me colocar na parede, se nem no período da ditadura eu me rendi, preferi ser preso em prol da democracia, imagina agora. Estamos abertos ao diálogo, tem meu aval para fazer essa divisão em 24 meses”, finalizou Dr. Pessoa.

Outro lado

Procurada, a assessoria de comunicação do Setut informou que o sindicato lamenta o atual cenário de crise do sistema de transporte público e que segue em busca de uma negociação efetiva com a Prefeitura e com os trabalhadores.

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