O juiz Diego Ricardo Melo de Almeida, da 2ª Vara da Comarca de Pedro II, determinou a quebra de sigilo telefônico do jornalista João Paulo Santos Mourão, acusado de matar a irmã e a advogada Izadora Santos Mourão com sete facadas no sábado (13), em Pedro II. A decisão foi dada nessa sexta-feira (19).
O pedido da quebra de sigilo foi requerido pela autoridade policial que alegou ser imprescindível para a elucidação do crime bárbaro cometido em face da advogada Izadora Mourão.
Em sua decisão, o juiz Diego Ricardo Melo de Almeida ressaltou que embora a Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XII, proteja a inviolabilidade dos sigilos da correspondência, das comunicações telegráficas, de dados e telefônicos, também dá possibilidade de, por meio de ordem judicial, autorizar a quebra de tal garantia para fins de investigação criminal ou mesmo para a instrução processual penal.
Dessa forma e com a manifestação favorável do representante do Ministério Público, o juiz atendeu ao pedido da autoridade policial que ressaltou ser de suma importância para a investigação o acesso a diálogos perpetrados por João Paulo Mourão e terceira pessoa, a análise dos registros de ligações, fluxos de chamadas ou sinal telefônico.
Morte da advogada
Izadora Santos Mourão, 41 anos, foi assassinada com pelo menos sete facadas dentro de casa, no município de Pedro II, no último sábado (13). A princípio, circulou a informação de que ela teria sido morta por uma mulher, que sequer foi identificada.
Prisão do irmão
O irmão de Izadora, João Paulo Mourão, foi preso na tarde desta segunda-feira (15), acusado de assassinar a advogada a facadas. A Polícia Civil prendeu o jornalista em flagrante em sua residência na cidade de Pedro II.
João Paulo se formou em Jornalismo pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) no ano de 2014 e trabalhava na Secretaria Municipal de Comunicação de Pedro II e em uma rádio local.
Mãe criou álibi
A mãe de Izadora, identificada como Maria Nerci, poderá ser indiciada por participação no crime, pois de acordo com a Polícia Civil, a idosa pode ter criado um falso álibi para acobertar o filho, o jornalista João Paulo Mourão.
“A mãe dele, quando viu a moça morta, a primeira coisa que fez, em vez de ligar para a polícia, ligou para uma faxineira para ela [a faxineira] dizer que ele [João Paulo] estava dormindo, para criar um álibi”, disse Barêtta.
Mãe pode ter participado da execução do crime
A mãe da advogada Izadora Mourão, Maria Nerci, pode ter participado da execução do assassinato da própria filha juntamente com o jornalista João Paulo Mourão, também seu filho, preso na última segunda-feira (15). Tal possibilidade foi revelada ao GP1 na noite de quinta-feira (18) pelo advogado Mauro Benício Júnior.
Segundo o advogado, o crime foi premeditado por João Paulo e pela mãe, Maria Nerci. O jurista revela a possibilidade de a idosa de 70 anos ter participado na execução do assassinato, ou seja, ela pode ter desferido golpes contra a própria filha. Isso, no entanto, ainda não foi comprovado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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