O GP1 obteve a relação dos investigados na “Operação Filantropia”, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR), com o objetivo de cumprir 10 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens em residências de servidores públicos, um escritório de advocacia e uma organização da sociedade civil em Teresina.
No levantamento realizado pela reportagem, dentre os alvos estão Yuri Gonçalves Macêdo, proprietário do Instituto Educass, que é apontado nas investigações como “laranja” no esquema que envolve pelo menos outras seis pessoas, dentre elas duas advogadas, um professor, uma contadora e demais alvos.
Entre as advogadas estão Reginalda de Araújo Costa, que já havia sido alvo da "Operação Tertium", e o escritório de advocacia Jakeline Carvalho, localizado na zona sul de Teresina.
Os demais investigados são a contadora Teresinha Alves dos Santos, que também foi alvo da Operação Tertium, o sobrinho dela, José Leonardo dos Santos, além do professor Luciano Alves Magalhães e o ex-secretário executivo da Secretaria de Meio Ambiente, Claudinei Alves da Costa Feitosa.
Apesar de ter havido prejuízo no cumprimento do mandado de busca e apreensão no imóvel do ex-secretário executivo da Semam, o GP1 apurou que ele também é um dos alvos da “Operação Filantropia”.
Durante as diligências realizadas na manhã desta sexta-feira (17), foram apreendidos também três veículos, um Grand Cherokee, um Honda Accord, além de um Ford Ecosport.
Operação Filantropia
A Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) deflagrou no início da manhã desta sexta-feira (17), a “Operação Filantropia”, com objetivo de cumprir 10 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens em residências de serviços públicos, um escritório de advocacia e uma organização da sociedade civil em Teresina. Foram cumpridos mandados em apartamentos do Condomínio Angical, na Avenida Gil Martins e no Instituto Educass, situado na Rua Quintino Bocaiuva, centro de Teresina.
O objetivo da ação policial é buscar informações, documentos e dados sobre parcerias públicas privadas (PPPs) realizadas nos anos de 2019 e 2020, durante a gestão do ex-prefeito Firmino Filho, pela Prefeitura de Teresina com o Instituto Educass, contratado para executar a limpeza de aguapés do Rio Poti.
Durante as investigações, restou comprovado que o Instituto Educass recebeu da Prefeitura de Teresina mais de R$ 2 milhões através da Secretaria Municipal de Juventude (SEMJUV) e Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMAM) e que a entidade causou prejuízo aos cofres públicos na ordem de mais R$ 1 milhão.
Se condenados, os alvos da operação podem responder por associação criminosa, desvio de recursos públicos (peculato), lavagem de dinheiro, entre outros.
Participam da ação, além da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR), auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), a Controladoria Geral do Município de Teresina (CGM), a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a Gerência de Polícia Especializada (GPE), o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), a Delegacia Prevenção e Repressão aos Entorpecentes (DEPRE) e policiais do 8º Distrito Policial e do 5º Distrito Policial.
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