A Lei que prevê atendimento prioritário à pessoas com fibromialgia em estabelecimentos públicos e privados no Piauí foi sancionada pelo governador Wellington Dias (PT). O projeto de lei foi de autoria do deputado estadual Franzé Silva (PT).
Franzé celebrou a sanção do projeto de lei por meio de suas redes sociais, em que reafirmou a intenção de assegurar mais direitos e melhores condições de vida para pessoas que têm fibromialgia. "Mais uma importante vitória na luta pela melhoria de vida das pessoas que mais precisam. Conseguimos a sanção da lei de nossa autoria que garante atendimento prioritário às pessoas com fibromialgia nos estabelecimentos públicos e privados em todo Estado do Piauí", comemorou o legislador.
Em seguida, o deputado ainda se solidarizou com o quadro de saúde de tais cidadãos e ainda reafirmou as intenções de continuar abraçando a causa. "Essas pessoas sofrem muito devido à sua condição de saúde e carecem, portanto, de total atenção por parte do Estado, das instituições, da classe política e da sociedade. Continuaremos a nossa luta para assegurar mais direitos e melhores condições de vida, mais dignidade, respeito, cidadania e inclusão", declarou Franzé Silva.
O que é e quais os sintomas da doença
A fibromialgia é uma síndrome que se manifesta principalmente, com dores no corpo, fadiga, sono não reparador, problemas de memória e concentração, ansiedade, formigamento, depressão, dores de cabeça, tontura e alterações intestinais, conforme a Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Ana Jaira, é servidora pública federal e em entrevista ao GP1, relatou que descobriu a doença em 2019 e detalhou que o diagnóstico da doença é difícil e que os sintomas vão muito além de sentir dores no corpo. "Muitas pessoas acreditam que o sintoma da fibromialgia é só dor, mas vai além disso! Há o cansaço extremo, problemas de memória, gagueira, o toque na pele que dói, há problemas ao urinar e justamente pela grande diversidade de sintomas é até difícil ter o diagnóstico de fibromialgia", narrou. Desde o começo dos sintomas até receber o diagnóstico, Ana passou 9 meses sem saber o que se passava com o próprio corpo.
Ana ainda contou que os portadores de fibromialgia ainda enfrentam o preconceito de alguns médicos e de pessoas próximas, pois duvidam que a pessoa com a doença realmente esteja com problemas de saúde. "A incredulidade é muito presente nos médicos, nos parentes e amigos, porque fisicamente não há o visual de uma pessoa doente. As dores são invisíveis mas não são inexistentes, são dores incapacitantes! ", afirmou a servidora pública.
"É um sofrimento sem fim, porque a doença não tem cura, somente tratamento, e para ter acesso a isso é muito custoso financeiramente, porque os medicamentos para a fibromialgia não são disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS)", expôs a portadora de fibromialgia.
A sanção da lei que prevê o atendimento prioritário à pessoas com fibromialgia foi motivo de celebração para Ana Jaira. "Essa lei é extremamente importante e uma vitória enorme, pois quem é portador de fibromialgia ou qualquer outra síndrome/doença incapacitante, sabe o quanto é custoso para nós ficarmos em pé, enfrentarmos uma fila dentre outras atividades cotidianas", exprimiu.
"Hoje (10) mesmo consegui atendimento em uma farmácia apresentando a lei, fazendo valer os nossos direitos!", expressou Ana. "Qualquer atitude que venha do Estado para melhorar a qualidade de vida de quem precisa é extremamente relevante. Não só o atendimento prioritário, como também outras medidas, como o dia da conscientização da doença, programas sociais e profissionais para aqueles com doenças incapacitantes e fornecimento de medicamento de uso contínuo", exemplificou.
Por fim, Ana agradeceu às organizações e lesgiladores que lutam em prol dos direitos de quem sofre de doenças incapacitantes, como a "Fibromialgia Nordeste" e o deputado Franzé Silva. "Fiquei extremamente feliz e não consigo nem colocar em palavras a minha gratidão, não só por mim, como também por todos nós", finalizou.
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