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Teresina - Piauí

Médicos do SAMU denunciam FMS após redução de R$ 246 dos plantões

Ao GP1 a FMS informou que o pagamento é feito de acordo com o que está estipulado no contrato.

O Sindicato do Médicos do Piauí (Simepi) vai realizar na próxima quarta-feira (10), às 19 horas, assembleia geral com a categoria para discutir denúncias como a retirada do adicional de insalubridade dos médicos efetivos da Prefeitura de Teresina, assim como a redução de R$ 246,00 dos plantões dos médicos contratados do SAMU, além da realização de concurso.

Em entrevista ao GP1, o vice-presidente do Simepi, Renato Soares Leal, explicou que os médicos efetivos foram surpreendidos, este mês, com a retirada da insalubridade.


“No início do mês, os médicos efetivos da FMS viram o contracheque e ficaram surpresos ao notarem que o adicional de insalubridade havia sido retirado sem nenhum aviso. A alegação foi de que que eram os médicos que eram do município, mas que estavam à disposição de outros órgãos, principalmente do estado, e que eles têm que comprovar que onde estão trabalhando também exercem atividade que se requisite ter esse adicional de insalubridade”, afirmou o vice-presidente do Simepi.

“Mas o médico não deixa de ser médico, se ele está trabalhando no estado ou na prefeitura ele está exercendo a profissão de médico e com certeza correndo riscos, tanto é que nessa pandemia quantos colegas não já morreram? Isso faz parte da carreira médica, o médico trabalha atendendo as pessoas e tem o risco de contrair doenças”, esclareceu Renato Soares.

Em relação à redução dos plantões dos médicos do Samu, o vice-presidente do Simepi disse que chegou ao conhecimento da entidade e que também será tema da assembleia. Ele ressaltou ainda que esse é um dos motivos da categoria cobrar a realização de concurso público. “Para quem é efetivo da prefeitura só existe o vencimento e a insalubridade, agora existem os que são contratados pela CLT, que estão reclamando que reduziram o plantão extra, e é por isso que queremos o concurso para evitar justamente esse tipo de coisa”, disse Renato Soares.

Segundo os médicos denunciantes por plantão, o profissional recebia o total de R$ 895,00, porém, ao receberem, notaram uma diminuição, que não foi avisada, para R$ 649,00 o que significa R$ 246,00 a menos para os médicos, uma queda de 27,48%.

“Eu acho que não é por aí, isso é um desrespeito muito grande com a categoria médica, com os profissionais que arriscam a própria vida para atender a população. Marcamos uma Assembleia para o dia 10, às 19 horas, no auditório do sindicato, para discutir com a categoria qual a posição que vamos tomar diante do tamanho desrespeito, além de discutir outras pautas como concurso público porque está havendo muito precarização na contratação de médicos”, finalizou.

Outro lado

O GP1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Fundação Municipal de Saúde (FMS), que informou acerca da denúncia sobre a redução do valor do plantão extra, que o pagamento é feito de acordo com o que está estipulado no contrato e que no valor bruto incidem os encargos previstos em lei.

Sobre o pagamento de insalubridade, a assessoria da FMS comunicou que avaliaria a situação com o setor responsável e ficou de mandar posicionamento do órgão, o que não ocorreu até o fechamento da reportagem.

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