O secretário de finanças de Teresina, Robert Rios, afirmou em entrevista ao GP1 nesta segunda-feira (25), que os usuários do transporte público da Capital não ficarão sem ônibus.
A declaração foi dada logo após a reunião que definiu um acordo entre Prefeitura de Teresina, Setut e os trabalhadores, a fim de que os motoristas e cobradores de ônibus, que pararam as atividades nesta manhã, voltassem a circular novamente diante do pagamento do ticket alimentação, um montante de cerca de R$ 600 mil.
De acordo com Robert Rios, a Prefeitura de Teresina resolveu auxiliar os trabalhadores, repassando a quantia de R$ 600 mil para o Setut, que ficará responsável por efetuar o pagamento do ticket alimentação aos motoristas e cobradores do sistema de transporte público. Ele explicou que a medida foi necessária, no entanto, a Prefeitura de Teresina não possui obrigação de fazer.
“O Governo Bolsonaro, como diminuiu a arrecadação, para que não se demitisse os trabalhadores, deu quatro parcelas de ajuda, só que o último foi pago em dezembro relativo a novembro, encerrou, mas não encerrou a covid-19. Existe a mesma preocupação, ao invés de 300 ônibus estão circulando menos de 150. Para que não tenha empregado demitido, que não é bom para o município, a Prefeitura de Teresina resolveu dar uma ajuda de R$ 600 mil, mais ou menos o que fazia o Governo Bolsonaro. Nós vamos dar os tickets, que correspondem a R$ 600 mil, o que não é pouco, isso dá R$ 4 mil por ônibus, dá dois salários-mínimos”, pontuou.
Robert Rios ressaltou que caso a situação do transporte público da Capital continue da mesma forma, o município vai adotar uma medida e garantir que o usuário não seja penalizado, sem ônibus nas ruas.
“Nós vamos formar uma comissão, estudar uma maneira, pois a covid-19 não vai durar para sempre. Ou entregam a linha ou abre uma nova licitação, o povo pode ficar tranquilo que não vai faltar transporte, ou de um jeito ou de outro não vai faltar transporte”, finalizou.
Entenda o caso
No final de outubro do ano passado, os motoristas e cobradores de ônibus paralisaram as atividades do transporte público de Teresina. No dia 3 de novembro, o então prefeito Firmino Filho, apresentou proposta de garantir subsídio durante quatro meses para custear os tickets de alimentação e plano de saúde dos operadores do sistema de transporte público de Teresina.
No dia 5 de novembro, a categoria aceitou a proposta e encerrou a greve que durou 9 dias, com isso o pagamento dos benefícios, como ticket alimentação e plano de saúde dos trabalhadores referente a 4 meses ficaria sob responsabilidade da prefeitura.
Já nesta manhã, a categoria se reuniu, sem o Sintetro, e decidiu cruzar os braços para forçar uma medida que proporcionasse o pagamento do ticket alimentação.
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