A juíza Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, indeferiu o pedido de revogação de prisão de preventiva, feito pela defesa de Gleison Lima da Silva, acusado de assassinar o empresário Paulo Wellington Alvarenga Júnior, mais conhecido como "Louro", durante uma tentativa de assalto no bairro Alto da Ressurreição. A decisão foi dada no último dia 9 de setembro.
A defesa do acusado ingressou com pedido de revogação da prisão alegando condições pessoais favoráveis do réu, a disseminação da covid-19 no presídio em que ele encontra-se segregado e o princípio da inocência.
Nos autos, a magistrada considerou que por se tratar de um latrocínio, não há como considerar em questões de excesso de prazo para a tramitação do processo criminal. “Frise-se que o presente feito trata-se de processo complexo, em que se apura a prática do crime de latrocínio, com pluralidade de agentes, não há que se falar em injustificado excedimento do prazo ideal à tramitação do procedimento criminal, na medida em que este ainda segue sob o signo da razoabilidade”, destacou.
- Foto: Divulgação/Polícia CivilGleison Silva Lima
Ainda conforme a juíza, a decisão que decretou a prisão preventiva do acusado foi devidamente fundamentada. "Note-se que, ao contrário do alegado pela defesa dos acusados, a decisão que decretou a prisão cautelar, foi devidamente fundamentada e baseada na existência da materialidade do crime e indícios de autoria, bem como e no periculum libertatis, configurado em razão da garantia da ordem pública, não havendo falar, portanto, em existência de evidente flagrante ilegalidade capaz de justificar a sua revogação”, ressaltou.
Relembre o caso
Paulo Wellington Alvarenga Júnior, mais conhecido como "Louro", morreu após ser atingido com um tiro no ombro durante uma tentativa de assalto, no dia 24 de setembro de 2019, em seu estabelecimento, um ponto de venda de frango, situado na Avenida Mirtes Melão, no bairro Alto da Ressurreição, zona sudeste de Teresina.
- Foto: DivulgaçãoComerciante Louro
Segundo informações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o latrocínio (roubo seguido de morte) aconteceu por volta de 13h.
A vítima ainda chegou a ser encaminhada a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Renascença, mas não resistiu ao ferimento.
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