A Fundação Municipal de Saúde (FMS) está realizando uma investigação epidemiológica após confirmação de um caso de febre do Nilo Ocidental em um morador do bairro Mafrense, na zona norte de Teresina. A equipe da gerência de zoonoses está colocando redes para capturar aves, armadilhas para atrair mosquitos e realizando, nesta quarta-feira (05), a coleta de sangue de cavalos dos carroceiros da região. As amostras serão encaminhadas para Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto Evandro Chagas.
De acordo com Oriana Bezerra, gerente de Zoonoses da FMS, a notificação de caso suspeito foi realizada ano passado, mas o diagnóstico final da doença é feito pelo Instituto Evandro Chagas, laboratório de referência do Ministério da Saúde com sede no Estado do Pará. “Os resultados que possibilitaram o diagnóstico foram concluídos em julho deste ano”, explica.
A gerente acrescenta que a pessoa infectada não saiu de Teresina e que a investigação busca entender como se deu a transmissão do vírus. “Em parceria com a UFPI, foram colocadas redes de neblina para capturar aves e realizar a coleta do sangue para que seja feito o isolamento do vírus. Faremos ainda a aspiração de imóveis que dão acesso a lagoa do Mafrense com objetivo de capturar os mosquitos e também fazer o isolamento viral desses vetores”, completa.
A coleta de sangue dos animais de propriedade dos carroceiros da região do bairro Mafrense está sendo realizada nesta quarta-feira no setor de Correição do Centro de Zoonoses de Teresina. Após a coleta, as amostras serão enviadas à UFPI, UFMG e Instituto Evandro Chagas para que seja feito o isolamento viral.
A Febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral transmitida pelo mosquito Culex (mosquito comum). É uma arbovirose, assim como a dengue, a zika e a chikungunya. “Este vetor pica uma ave migratória, que vem infectada de outro país, e sai transmitindo para as pessoas. Ela acomete aves, equídeos e o ser humano”, finaliza Oriana.
“A prevenção da doença se dá através de medidas para minimizar a proliferação e o contato dos mosquitos com humanos. Todos os casos suspeitos em Teresina são notificados e investigados laboratorialmente para febre do Nilo Ocidental”, informa o médico neurologista da FMS, Marcelo Vieira.
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