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Teresina - Piauí

Empresários afirmam que não podem ampliar frota de ônibus em Teresina

O prefeito Firmino determinou que os ônibus só circulassem com passageiros sentados, exigindo aumento da frota.

No último dia 20, o prefeito Firmino Filho assinou decreto limitando o número de passageiros no transporte público e determinando a ampliação da frota de ônibus na cidade. No entanto, as empresas responsáveis pelo transporte público de Teresina afirmaram, nesta sexta-feira (28), que não há a possibilidade de ampliar a frota por incapacidade financeira.

De acordo com as empresas, a atual operação dos serviços não está gerando receitas suficientes para arcar com os custos operacionais gerados pela frota atual de ônibus na capital, o que torna impossível o aumento da frota.


Outro ponto alegado pelas concessionárias é o não recebimento da remuneração devida pelos serviços prestados desde outubro de 2019, como também ausência de repasse de qualquer tipo de auxílio financeiro extraordinário do Poder Público Municipal para enfrentamento da situação de emergência, desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Cobrança

O pagamento das pendências financeiras, bem como a fixação de uma remuneração extraordinária por parte da Prefeitura Municipal de Teresina, foi solicitado mais uma vez pelos concessionários.

Em reunião realizada na quinta-feira (27), com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS), o responsável pelo órgão informou que levará a solicitação ao prefeito de Teresina, Firmino Filho.

Redução de frota

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), nos últimos meses, o sistema de transporte reduziu em 78% sua frota em operação, enquanto o número de passageiros e receita do sistema caiu 95%.

As concessionárias afirmaram também que mesmo com a redução da frota, elas continuam arcando com as despesas relativas a salários, óleo diesel, peças e pneus, parcelas de financiamento de ônibus, etc. como se a empresa estivesse em plena operação.

A média de passageiros transportados desde o início da pandemia até o final de julho, ficou em torno de 5% da quantidade normal, que era de cerca de 220.000 mil passageiros por dia, caindo para 10.000 ao dia, sendo que ao mesmo tempo, neste mesmo período, estavam sendo disponibilizados em terno de 20% da frota total.

Reabertura das atividades

Após a reabertura gradual das atividades, a demanda aumentou para em torno de 30 mil passageiros (13% da demanda normal) e a frota subiu para 25%, mantendo ainda desequilíbrio onde os repasses devidos pela Prefeitura de Teresina deveriam ser feitos nos termos contidos no contrato de concessão em vigor.

Para os empresários, a Prefeitura se baseou em ações e tentativas de intervenções no transporte urbano realizadas em outras cidades brasileiras e do mundo. No entanto, todas elas não surtiram o efeito almejado e foram canceladas.

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