Após várias tentativas infrutíferas de conseguir convencer o prefeito de Picos, Padre José Walmir de Lima (PT), de conceder um reajuste salarial que vai de encontro à lei federal, o “Sindicato” dos Servidores Públicos Municipais de Picos (Sindserm) reduziu o índice da proposta apresentada ao gestor.
A primeira proposta de reajuste salarial enviada pelo Sindserm a Procuradoria Geral do Município era de 5,07%, mais do que o dobro do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação acumulada dos últimos doze meses, que em abril ficou em 2,40%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
- Foto: Jose Maria Barros/GP1Padre Walmir responde ação por demitir contratados
Como informou em sua página na Internet, após não obter êxito junto ao prefeito Padre Walmir, o Sindserm apresentou uma nova proposta reduzindo o percentual do reajuste salarial para 4,31%, alegando que o índice representa o IPCA acumulado, o que não é verdade. Conforme o IBGE, o IPCA acumulado dos últimos dozes meses ficou em 2,40% em abril e apenas 1,88% em maio.
Insistência
Mesmo diante de uma pandemia que afetou os mais diversos segmentos da sociedade, causando milhares de mortes e gerando milhões de desempregados, o Sindserm insiste na proposta de reajuste salarial, alegando que ela é legal.
- Foto: AscomComissão do Sindserm com Procurador do Município
Na manhã de ontem, 22 de junho, uma representação do Sindserm composta por duas diretoras e três advogados, reuniu-se com o Procurador Geral do Município, advogado Maycon Luz, para tratar sobre o assunto. No entanto, segundo apurou o GP1, nenhum aumento salarial foi garantido pela gestão.
Segundo o Procurador Geral do Município, advogado Maycon Luz, o Sindserm solicitou uma reunião com o prefeito Padre Walmir e, uma das pautas era a solicitação de um reajuste.
- Foto: José Maria Barros/GP1Procurador do Município de Picos, Maycon Luz
“A reunião foi realizada ontem e eu coloquei a questão da lei federal que proibia a gente de conceder o reajuste e coloquei também à dificuldade financeira. Eles insistiram que a lei federal é de maio e em abril eles já tinham direito ao reajuste e, mesmo assim insisti que não. Então, eles pediram para que eu levasse a deliberação para o prefeito” – contou Maycon Luz.
- Foto: José Maria Barros/GP1Presidente do Sindserm
O Procurador acrescentou ainda. “Pediram que eu fizesse uma análise jurídica mais detida para ver a possibilidade legal, uma análise financeira e levasse a discussão para o prefeito. Eu vou levar para o prefeito a solicitação deles, mas, por enquanto não tem nada de concessão de reajuste. Vou fazer um parecer jurídico mais aprofundado sobre o caso, analisar. Fazer um estudo de impacto financeiro e levar para o prefeito, que vai decidir. O que temos é isso” – destaca Maycon Luz.
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