A cheia do Rio Poti em Teresina movimentou o comércio de pescados, alavancando a economia da região norte e servindo como complemento de renda às famílias do bairro Poti Velho. O impulso nesse setor nesta época do ano se dá com a chegada do período da Quaresma, quando parte da população substitui a carne vermelha por peixes e frutos do mar.
Segundo Mano, que é pescador há mais de 30 anos, a elevação do nível das águas na região do restaurante "O Pesqueirinho" trouxe consigo curiosos, favorecendo, assim, a venda de pescados. O Rio Poti invadiu uma pequena área do estabelecimento, no bairro Poti Velho, após o intenso temporal que atingiu a cidade durante a madrugada desta quarta-feira (18).
- Foto: Alef Leão/GP1Pescador Mano
“Eu pesco desde pequeno, faz mais de 30 anos. Eles [os turistas] vêm para olhar o rio, que está cheio, e quando eles chegam aqui acabam comprando os peixes. Assim, eles já levam para o almoço com a família”, destacou o pescador em entrevista ao GP1.
À venda, estão espécies nativas do Poti como os peixes curimatá, mandi e piau – cortejados por boa parte dos consumidores. Segundo Mano, uma sacola contendo oito peixes do tipo curimatá pode ser vendida a R$ 10,00. Assim ele garante que não tem como o cliente não aproveitar.
- Foto: Alef Leão/GP1Peixes à venda no Poti Velho
“As curimatá nós estamos vendendo oito por dez, Piau está a 20 reais aqui. A gente trata na hora. Dá para aumentar a renda, dá para tirar uma renda boa aqui o dia todo”, finalizou.
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